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Tromboembolismo venoso na gravidez associado a combinação de mutações do fator V de Leiden e G20210A do gene da protrombina

CONTEXTO: A gravidez e o puerpério aumentam os risco de eventos tromboembólicos, e estes riscos são maiores em mulheres portadoras de trombofilias. As mutações (FII) G20210A do gene da protrombina e a heterozigose da mutação do fator V de Leiden conferem risco moderado de trombose. A associação desses dois fatores é muito rara e o real risco de trombose é desconhecido. RELATO DE CASO: Descrevemos o caso de uma gestante portadora de ambos os fatores. Cinco anos antes da gestação, apresentou um episódio de trombose venosa associada ao uso de contraceptivos orais, e na sexta semana de gestação apresentou novo episódio. Foi tratada desde então com heparina de baixo peso molecular (nadroparina) até o parto. A gestação evoluiu sem nenhuma morbidade obstétrica significativa, e a paciente deu à luz um recém-nascido no termo, de parto cesariana. No puerpério, foi mantida nadroparina por seis semanas, e não ocorreram complicações. Mulheres portadoras de trombofilias e com antecedente de trombose devem ser mantidas em anticoagulação por toda a gestação e puerpério com heparina não-fracionada ou de baixo peso molecular. Recomenda-se a anticoagulação durante a gravidez pois não se conhece a magnitude real do risco de eventos tromboembólicos potencialmente fatais.

Gravidez; Tromboembolismo; Trombofilia; Trombose; Fator V de coagulação


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