Acessibilidade / Reportar erro

Chuvas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: caracterização, eventos extremos e tendências

Resumo

O conjunto de fatores físico-naturais, econômicos, sociais e espaciais constituem processos que, associados, formam e dão sentido à complexidade espacial da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, configurando-a como um espaço suscetível e vulnerável à ocorrência de excepcionalidades de natureza climática. Assim, o artigo tem como objetivo analisar a variabilidade espacial e temporal dos eventos extremos de precipitação na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Foram utilizados dados diários de 48 postos pluviométricos: 40 postos na série de 2008 a 2019, e 8 postos entre 1970 e 2019. Foi empregada a técnica de percentis para o estabelecimento de anos-padrão (percentil 1, 10, 90 e 99) e para definição dos extremos (percentil 99). O software R foi utilizado para realização de testes de autocorrelação, extração dos índices RX1Day e RX5Day e para execução dos testes de Mann-Kendall, Pettitt e Sen's Slope. Foi verificada a influência da altitude, orientação das vertentes e maritimidade na distribuição espacial da precipitação e dos eventos extremos. Os anos com mais ocorrência de extremos, e com os eventos concentrados e persistentes de maior magnitude, são anos identificados como tendente à chuvosos e chuvosos, sendo eles 1988 e 2009. 90% dos extremos ocorrem na estação chuvosa, com destaque para dezembro, janeiro e março. Contudo, é abril que manifesta extremos de maior magnitude. Foram identificados 4 postos com tendências negativas, e 2 com tendências positivas.

Palavras-chave:
Climatologia geográfica; Variabilidade; Extremos Climáticos; Fatores Geográficos

Editora da Universidade Federal de Uberlândia - EDUFU Av. João Naves de Ávila, 2121 - Bloco 5M – Sala 302B, 38400902 - Uberlândia - Minas Gerais - Brasil, +55 (34) 3239- 4549 - Uberlândia - MG - Brazil
E-mail: sociedade.natureza@ig.ufu.br