Resumo
O objetivo deste texto é apresentar a modificação da concepção de Estado de Direito no constitucionalismo sul-americano, a partir do diálogo e sinergia entre o Sistema Interamericano de Direitos Humanos e as novas constituições que surgiram após ditaduras, regimes autoritários e guerras internas, tomando a Operação Condor como um sistema interamericano clandestino ou como um estado de coisas inconvencional. Problematizamos como é possível falar de “Estado de Direito Interamericano”, o que significa a reconstrução daquele Estado compatível com a CADH nas esferas Legislativa, Executiva e Judiciária, bem como o controle de convencionalidade e os padrões que emanam da jurisprudência da CorteIDH para as leis, políticas públicas e decisões dos tribunais nacionais. Portanto, defendemos a tese de que este diálogo pode ser a chave para acessar a sala de máquinas das constituições, com o princípio pro persona. A metodologia utilizada foi uma abordagem teórica e normativa, a partir de uma perspectiva hipotético dedutiva e priorizando como fontes a bibliografia e a jurisprudência da CorteIDH.
Palavras-chave:
Estado Interamericano de Direito; Direito Constitucional; América do Sul; Controle de Convencionalidade