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Mudanças climáticas e distribuição social da percepção de risco no Brasil* * Este artigo teve como base a pesquisa que foi tratada na dissertação de mestrado (Eiró, 2012), na qual os autores foram orientador e orientando. Agradecemos a Fabrízio Machado e Mara do Couto Fernandes pelo convite à participação da pesquisa que deu origem a esse artigo, e a Laura Duarte, Diego Lindoso e Vincent Nédélec por comentários em versões anteriores do trabalho.

Resumo

Este artigo tem por objetivos testar a aplicabilidade da teoria da sociedade de risco de Ulrich Beck para a sociedade brasileira contemporânea e analisar a distribuição social da percepção de risco associada às mudanças climáticas e ao aquecimento global. Para tanto, é feita uma revisão de teorias de risco, além de uma discussão crítica de sua aplicação ao caso das mudanças climáticas. Em seguida são apresentados resultados de pesquisa, verificando o efeito de diferentes variáveis sociodemográficas na percepção de risco. Os dados advêm de pesquisa de opinião pública em território nacional, com amostra estratificada por conglomerados. O principal resultado alcançado diz respeito à homogeneidade da percepção de risco, por meio de diferentes categorias sociais ou contextos geográficos. As únicas categorias que apresentaram influências significativas na avaliação da percepção de risco foram renda familiar e escolaridade, ambas com relação positiva.

Palavras-chave:
mudanças climáticas; aquecimento global; risco; percepção; construtivismo

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