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Desempenho da pós-graduação em saúde coletiva e desenvolvimento do SUS: existe relação?

Resumo

Este ensaio questiona se e até que ponto os programas de pós-graduação stricto sensu em saúde coletiva contribuem para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A hipótese é positiva, ainda que não se afirme um movimento óbvio e espontâneo, pois evidências científicas nunca são mecanicamente adotadas; a implementação é um ato político de gestão e não uma decorrência de estudos acadêmicos. O argumento é que esses programas se equilibram entre dois compromissos: obedecem à lógica educacional do mais alto nível do ensino superior e ao desenvolvimento da ciência e tecnologia, mas objetivam conhecimento e qualificação do setor saúde. As bases que fundamentam este texto são artigos e relatórios que tratam da significância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento mundial e nacional; artigos que tratam do mercado de trabalho dos ex-alunos da pós-graduação; e depoimentos de 16 coordenadores de programas cuja relevância está assinalada na análise do trabalho. Conclui-se que há um efeito, por vezes difuso, por vezes concreto, dos cursos de pós-graduação no desempenho do SUS e de outras instituições nacionais. Diferenciam-se as contribuições dos doutorados, dos mestrados acadêmicos e dos mestrados profissionais, cada um a seu modo é fundamental para a qualificação do SUS.

Palavras-chave:
Pós-Graduação; Saúde Coletiva; SUS; Ciência & Tecnologia

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