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Melhor no passado: a verdadeira saúde da família1 1 Este artigo teve como base a dissertação de mestrado de Patrícia Aparecida da Silva Valadão Bioética e relações de trabalho entre profissionais da Estratégia Saúde da Família, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da Universidade Federal da Bahia.

Resumo

Buscou-se avaliar os limites da Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir do cotidiano de trabalho de seus profissionais. Neste estudo qualitativo, realizaram-se entrevistas individuais semiestruturadas com 16 profissionais da equipe de Saúde da Família de um município da região metropolitana de Salvador, Bahia. O exame dos dados utilizou a análise de conteúdo proposta por Bardin e os referenciais da Política Nacional de Atenção Básica e da Política Nacional de Humanização para Atenção Básica. Identificaram-se duas categorias: a atenção básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS) e a cogestão e humanização na AB. Na primeira categoria, evidenciou-se o contexto atual que permeia a AB, caracterizando os desafios que se apresentam no cotidiano de trabalho dos profissionais da ESF e as dificuldades encontradas para mudar o modelo de atenção à saúde. Na segunda categoria, destacaram-se as condições concretas em que se realizam as práticas no cotidiano de trabalho, indo de encontro aos pressupostos da humanização. Os problemas apresentados evidenciam descaracterização da AB, contradizem os preceitos da ESF e revelam dificuldades na proposta de reorientação do modelo de saúde.

Palavras-chave:
Atenção Básica à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Humanização da Assistência

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