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SENTIDOS DA MATERNIDADE EM NARRATIVAS DE PARTO NO RIO DE JANEIRO1 1 Uma primeira versão deste artigo foi apresentada no 18º Congresso Mundial da International Union of Anthropological and Ethnological Sciences (IUAES), em Florianópolis, 2018.

THE MEANINGS OF MOTHERHOOD IN CHILDBIRTH NARRATIVES IN RIO DE JANEIRO

Resumo

Neste artigo, analiso os sentidos de maternidade presentes em narrativas do parto de mulheres brancas heterossexuais de camadas médias do Rio de Janeiro, com idades entre 37 e 46 anos. Sobressai o investimento afetivo no planejamento do parto, muitos deles realizados a partir de uma perspectiva médica humanizada, reforçando uma visão da maternidade como projeto construído a partir de um campo de possibilidades dado por suas situações socioeconômicas, formas de conjugalidade e valores morais. O modo como o feto enquanto bebê figura nas narrativas aponta para concepções sobre o vínculo entre mãe e filho, construído e reforçado a partir de uma experiência corporal da gestação e do parto considerada necessária. Partindo dos conceitos de Velho e Ortner sobre projeto, agência e subjetividade, discuto como uma configuração subjetiva que valoriza especialmente a corporalidade da maternidade pode tensionar a agência dessas mulheres.

Palavras-chave
Parto; narrativas; maternidade; corpo; camadas médias

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