No Brasil os solos ácidos representam uma grande parte da área agricultável e o desenvolvimento de cultivares com tolerância à acidez tem-se mostrado exequível. A identificação de germoplasma potencialmente tolerante à acidez foi o propósito deste trabalho. Dois grupos distintos de populações de milho (Zea mays L.) foram cruzados segundo o esquema de dialelo parcial: Grupo [1] com seis populações adaptadas e Grupo [2] com sete exóticas. As populações e seus híbridos foram avaliados sob condição de solo ácido e de baixa fertilidade. Os caracteres analisados foram: EY- peso de espigas, PH- altura da planta e EH- altura da espiga. As populações que sobressaíram, com produtividade per se acima de 3 t ha-1 foram SUWAN-2, TAITINGA, TAIÚBA e IUBATÃ no Grupo [1]; e CUPURICO DMR, TUXPEÑO AMARILLO, e AMARILLO DENTADO no Grupo [2]. A heterose e seus componentes mostraram variação não significativa para PH e EH; e somente a heterose média foi significativa para EY. Os efeitos de capacidade geral de combinação (g i e g j) mostraram variação significativa (P<0,01) para todos os caracteres e foram devidos principalmente à variação dos efeitos de variedades. As maiores estimativas de g i no Grupo [1] para EY (t ha-1) foram exibidas por WP 12 (0,178 t ha-1), TAIÚBA (0,176) and TAITINGA (0.161) no Grupo [1]; e para g j por CUPURICO DMR (0.300), TAITINGA TUXPEÑO AMARILLO (0.280) no Grupo [2], respectivamente. O híbrido interpopulacional TAITINGA x TUXPEÑO AMARILLO com produção média de 4,34 t ha-1 e 25% de heterose pode ser indicado como um padrão heterótico. A altura da planta e da espiga não foram consideradas limitantes para impedir o uso das populações mais promissoras. As variedades SUWAN 2, CUPURICO DMR e TAITINGA foram as mais promissoras para programas de mehoramento visando adaptação às condições de solo ácidos.
Zea mays; dialelo parcial; heterose; solo ácido; tolerância ao alumínio
