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Ensaio terapêutico na leishmaniose tegumentar experimental causada por Leishmania (Leishmania) amazonensis. Um estudo comparativo entre mefloquina e aminosidine

Foram utilizados 182 camundongos machos, isogênicos, da linhagem C57BL/6 inoculados na orelha direita com 3,0 x 10(6) formas promastigotas da cepa MHOM/BR/PH8 de Leishmania (Leishmania) amazonensis. Os animais foram separados em três grupos: 1) 52 animais tratados com mefloquina (16mg/kg/dia/10 dias), 2) 52 animais tratados com aminosidina [Paramomicina ®] (20mg/kg/dia/20 dias), 3) 78 animais controles, não manipulados. Vinte e seis animais de cada grupo tratado foram sacrificados nove e quinze semanas após a inoculação. Animais do grupo controle foram sacrificados na sexta, nona e décima quinta semanas após a inoculação. Ao final do tratamento, em relação à curva de peso da orelhas, somente nos animais tratados com aminosidina, houve nítida redução do peso em comparação com grupo controle. Na histopatologia verificou-se: a) não houve diferença entre o grupo tratado com mefloquina e o grupo controle; o grupo tratado com aminosidina, ao final do tratamento, teve menor infiltração por macrófagos vacuolizados; b) as avaliações da extensão das áreas de necrose e do nível da fibrose tecidual não mostraram diferenças entre os grupos tratados. Os animais do grupo controle apresentaram fibrose mais acentuada, seis semanas após o fim do tratamento. Pode-se concluir que ocorreu efeito terapêutico reduzido com a mefloquina e houve significativa melhora com a aminosidina. Entretanto, em todos os grupos as lesões não chegaram a curar.

Leishmania (Leishmania) amazonensis; Camundongos isogênicos C57/BL/6; Mefloquina; Aminosidine


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