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Concentrações plasmáticas de paroxetina em pacientes adultos e idosos com depressão

INTRODUÇÃO: O efeito do envelhecimento nas concentrações plasmáticas em estado de equilíbrio da paroxetina foi investigado em 136 pacientes com depressão, tratados com doses variando entre 10 e 120 mg/dia de paroxetina. MÉTODOS: Os pacientes foram separados em três grupos: com idade até 64 anos (idade média ± desvio padrão: 41,7±12,6 anos; n = 44), entre 65 e 79 anos (72,8±4,7 anos; n = 64), e com mais de 80 anos (82,8±3,3 anos; n = 28). As doses de paroxetina foram normalizadas para 20 mg/dia. Amostras de sangue foram coletadas em condições de estado de equilíbrio. Os níveis plasmáticos de paroxetina foram medidos por cromatografia gasosa - espectrometria de massa. As funções hepática e renal foram medidas por testes laboratoriais clínicos estandardizados. RESULTADOS: Uma grande variabilidade interindividual dos níveis plasmáticos de paroxetina (37 vezes) foi medida para uma mesma dose. A média dos níveis plasmáticos de paroxetina corrigida para uma dose diária de 20 mg foi 87% maior no grupo com mais de 80 anos (56,4±64,1 ng/mL; p < 0,05) e 57% maior no grupo com idades entre 65 e 79 anos (46,7±33,4 ng/mL; p < 0,001) quando comparada com a média dos pacientes com menos de 64 anos (29,9±11,9 ng/mL). A idade foi correlacionada significativamente com os níveis plasmáticos de paroxetina (r = 0,21, p < 0,05) CONCLUSÃO: A redução de doses da paroxetina em pacientes idosos parece justificada.

Paroxetina; idosos; depressão; concentração plasmática; antidepressivos


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