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Valores do índice de massa corpórea e circunferência abdominal estão relacionados a elevado risco cardiometabólico em escolares com idade de cinco a dez anos

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a frequência de obesidade e risco cardiometabólico em escolares menores de dez anos de idade.

Métodos:

Este é um estudo transversal com escolares (n=639) com idade de cinco a dez anos de um município do Sul do Brasil. O risco cardiometabólico foi calculado com base nos valores do índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), valores sanguíneos de glicose, triglicerídeos e colesterol total. Odds ratio (OR), correlação de Spearman e análise de componentes principais (PCA) foram obtidos.

Resultados:

Independentemente do sexo, CC e IMC aumentados foram relacionados com maiores valores de PAS, PAD e colesterol total. A frequência de risco cardiometabólico foi de 6,0% nas meninas e 9,9% nos meninos. Escolares com elevados valores de PAS, triglicerídeos e colesterol total tinham alto OR para risco cardiometabólico. A PCA mostrou que escolares com alta CC (p>80) apresentam mais frequentemente alterações nos níveis sanguíneos de glicose, triglicerídeos e colesterol total.

Conclusões:

A obesidade, especialmente quando associada a elevados valores de CC, está relacionada com disfunções metabólicas e risco cardiometabólico em escolares menores de dez anos de idade. Estes achados indicam a urgência de estabelecer o risco metabólico para essa faixa etária, possibilitando o diagnóstico precoce, o adequado tratamento para evitar o desenvolvimento de diabetes e disfunções cardiovasculares ao longo da vida.

Palavras-chaves:
Estudantes; Obesidade; Risco cardiovascular; Metabolismo

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