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Poluentes atmosféricos e internações por pneumonia em crianças

OBJETIVO:

Analisar a relação entre exposição aos poluentes atmosféricos e internações por pneumonia na infância, em Sorocaba, São Paulo.

MÉTODOS:

Estudo ecológico de séries temporais, no período de 2007 a 2008. Os dados diários das internações por pneumonia foram coletados na rede pública do município. Obtiveram-se também os dados dos seguintes poluentes, segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental: material particulado, óxido nítrico, dióxido de nitrogênio e ozônio, além da temperatura e da umidade relativa do ar. As correlações entre as variáveis de interesse foram avaliadas pelo coeficiente de Pearson. Para analisar a associação entre a exposição aos poluentes ambientais e as internações hospitalares, aplicaram-se modelos com defasagens de zero a cinco dias após a exposição aos poluentes. A análise utilizou o modelo linear generalizado da regressão de Poisson e o nível de significância adotado foi p<0,05.

RESULTADOS:

Ocorreram 1.825 internações por pneumonia, com a média diária de 2,5±2,1. Observaram-se correlações fortes entre os poluentes e as internações, com exceção do ozônio. Quanto à regressão de Poisson, na análise com o modelo multipoluente, apenas o dióxido de nitrogênio apresentou significância estatística no mesmo dia (risco relativo - RR=1,016), assim como o material particulado na defasagem de quatro dias (RR=1,009) após a exposição aos poluentes.

CONCLUSÕES:

Verificou-se efeito agudo da exposição ao dióxido de nitrogênio e efeito mais tardio da exposição ao material particulado sobre as internações por pneumonia em Sorocaba.

pneumonia; poluentes do ar; material particulado; dióxido de nitrogênio; saúde da criança


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