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DISTANCIAMENTO SOCIAL COVID-19 NO BRASIL: EFEITOS SOBRE A ROTINA DE ATIVIDADE FÍSICA DE FAMÍLIAS COM CRIANÇAS

RESUMO

Objetivo:

Identificar como as famílias brasileiras com crianças abaixo de 13 anos enfrentam o período de distanciamento social decorrente da pandemia de COVID-19, principalmente no que diz respeito ao tempo gasto em atividade física (AF), atividade intelectual, brincadeiras, atividades ao ar livre e em tela.

Métodos:

Uma pesquisa on-line anônima foi lançada em 24 de março de 2020 no Brasil para avaliar como as famílias com crianças de até 12 anos estão ajustando suas rotinas diárias a essa situação. Na pesquisa, cada família relatou o tempo diário em que cada criança esteve envolvida em atividade sedentária (somatório de atividades intelectuais, tempo lúdico de tela, brincar sem AF) e AF (somatório do brincar com AF e da AF).

Resultados:

Os principais achados com base em dados de 816 crianças indicam que a maioria dos pais considera que houve redução no tempo em que as crianças passam praticando AF e aumento do tempo lúdico de tela e das atividades em família. Diferenças entre o sexo foram encontradas no tempo lúdico de tela (meninos>meninas) e no brincar sem AF (meninas>meninos), bem como efeito da idade para todas as categorias analisadas, com tendência para aumento do tempo total de sedentarismo e diminuição complementar do tempo de AF ao longo da idade.

Conclusões:

As rotinas domiciliares das famílias durante o período de distanciamento social decorrente da pandemia de COVID-19 confirmam a tendência geral decrescente do tempo de AF na infância.

Palavras-chave:
Quarentena; Tempo de tela; Comportamento sedentário; Atividade motora; Desenvolvimento infantil

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