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Associação da exposição solar e da sazonalidade com os níveis de vitamina D em crianças e adolescentes brasileiros

Resumo

Objetivo:

Verificar a concentração de vitamina D em crianças e adolescentes durante as estações do ano e comparar essa concentração entre crianças praticantes de atividades ao ar livre e aquelas praticantes de atividades em ambiente fechado.

Métodos:

Trata-se de estudo transversal com amostra de 708 crianças e adolescentes (seis a 18 anos), excluindo-se 109, pois 16 eram maiores de 19 anos; 39 tinham doença que exigia tratamento contínuo; 20 estavam em uso de medicação contínua; e 34 não tinham dados de vitamina D. Terminou-se, assim, com 599 pacientes. A concentração plasmática de 25-hidroxivitamina D2 foi medida com kits comerciais, seguindo as instruções do fabricante.

Resultados:

Os participantes que realizaram atividades ao ar livre, assim como aqueles que tiveram dados coletados durante o verão e a primavera, apresentaram níveis mais elevados de vitamina D. De acordo com a regressão de Poisson, a proporção de participantes com níveis inadequados de vitamina D foi maior naqueles cuja medição foi realizada durante a primavera (razão de prevalência — RP 1,15, intervalo de confiança — IC95% 1,03–1,29) e o inverno (RP 1,18, IC95% 1,05–1,32). Além disso, maior proporção de vitamina D inadequada foi observada para aqueles envolvidos em atividades internas (RP 1,08, IC95% 1,01–1,15).

Conclusões:

Participantes que mediram a vitamina durante o verão e o outono tiveram menor prevalência para hipovitaminose D. Mesmo em regiões com alta incidência solar ao longo do ano os níveis de vitamina D podem variar significativamente durante as estações.

Palavras-chave:
Vitamina D; Criança; Adolescente; Sazonalidade; Epidemiologia

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