RESUMO
Objetivo:
Avaliar os fatores sociodemográficos e de estilo de vida associados à obesidade abdominal em crianças de escolas públicas de Barbacena, Minas Gerais.
Métodos:
Trata-se de estudo transversal realizado com 326 escolares de sete a nove anos, matriculados em escolas da zona urbana da cidade. As variáveis antropométricas avaliadas foram peso, estatura, índice de massa corpórea por idade, circunferência da cintura e relação cintura-estatura. O consumo alimentar foi registrado pelo Questionário Alimentar do Dia Anterior. A obesidade abdominal foi avaliada com base na circunferência da cintura e relação cintura-estatura. As análises bivariada e multivariada foram realizadas por meio de regressão logística, estimando-se a Odds Ratio (OR) bruta e ajustada, com os intervalos de confiança de 95% (IC95%).
Resultados:
A prevalência de excesso de peso foi de 30,7%, enquanto a prevalência de obesidade abdominal foi de 9,2 e 12,6%, de acordo com circunferência da cintura e relação cintura-estatura, respectivamente. Crianças do sexo masculino (OR 2,76; IC95% 1,22–6,25) e de escolas centrais (OR 2,73; IC95% 1,08–6,80) tiveram maior chance de apresentar obesidade abdominal segundo a circunferência da cintura. A obesidade abdominal, de acordo com a relação cintura-estatura, associou-se à localização central das escolas (OR 2,18; IC95% 1,02–4,63) e à omissão da ceia (OR 2,01; IC95% 1,00–4,09).
Conclusões:
Os achados mostraram que ser do sexo masculino, estudar em escola central e omitir a ceia foram os principais fatores de risco associados à obesidade abdominal.
Palavras-chave:
Criança; Obesidade abdominal; Obesidade pediátrica; Consumo de alimentos; Antropometria