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Extremos de idade materna e mortalidade infantil: análise entre 2000 e 2009 Extraído do projeto de pesquisa "Mortalidade infantil: trajetória percorrida do adoecimento ao óbito, Londrina-PR", Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

OBJETIVO:

Analisar as características do óbito infantil nos extremos de idade materna.

MÉTODO:

Estudo quantitativo, do tipo retrospectivo e transversal, utilizando dados da Declaração de Nascido Vivo, Declaração de Óbito e Ficha de Investigação do Óbito Infantil em Londrina, Paraná, nos anos de 2000 a 2009.

RESULTADOS:

Nos dez anos de estudo, houve 176 óbitos infantis de mães com até 19 anos, e 113 de mães com 35 anos ou mais. A taxa de mortalidade infantil entre as mães jovens foi de 14,4 mortes a cada mil nascimentos, comparado a 12,9 mortes no outro grupo etário. Para as mães adolescentes, prevaleceu situação conjugal sem companheiro (p<0,001), não exercer atividade remunerada (p<0,001), início tardio do pré-natal no segundo trimestre de gestação (p<0,001), menor número de consultas pré-natais (p<0,001) e infeções urinárias (p<0,001). Por outro lado, as mulheres com 35 anos ou mais tiveram maior frequência de hipertensão arterial durante a gestação (p<0,001) e de parto cirúrgico (p<0,001). Com relação à causa básica do óbito infantil, as anomalias congênitas predominaram no grupo de mães com idade avançada (p=0,002), e as causas externas, no grupo de mães jovens (p=0,019).

CONCLUSÃO:

Ambos os grupos etários merecem atenção dos serviços assistenciais de saúde materna e infantil, especialmente as mães adolescentes que agregaram maior conjunto de fatores considerados de risco à saúde da criança.

Mortalidade infantil; Idade materna; Fatores de risco; Causas de morte


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