RESUMO
Objetivo:
Compreender a influência da exposição precoce a agrotóxicos de uso agrícola e sua relação com o transtorno do espectro autista.
Fontes de dados:
Esta revisão sistemática foi registrada no banco de dados PROSPERO sob número CRD42020204842. Por meio das bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, o assunto foi analisado sistematicamente até abril de 2021. Foram incluídos somente estudos com humanos, sendo critérios de inclusão a exposição precoce a agrotóxicos de uso agrícola e o diagnóstico de autismo e critérios de exclusão agrotóxicos de uso doméstico ou veterinário e exposição tardia. Todos os estudos foram analisados sem restrição de linguagem e tempo. A qualidade dos estudos foi avaliada pela NewCastle Ottawa Scale.
Síntese dos dados:
No total, seis estudos caso-controle foram incluídos. Três deles mensuraram a exposição pelos biomarcadores maternos e os demais (50%) pelo endereço de moradia. Os trabalhos apresentaram qualidade entre moderada e alta. Encontrou-se alta taxa de associação entre a exposição precoce à agrotóxicos e o autismo e detecção acima do limite de quantificação para amostras de bifenilas policloradas, hexaclorobenzeno e diclorodifenildicloroetileno.
Conclusões:
Existem evidências sobre a exposição a agrotóxicos de uso agrícola precocemente e o desenvolvimento do transtorno do espectro autista, porém mais pesquisas são necessárias para melhor compreensão da associação.
Palavras-chave:
Agrotóxicos; Substâncias químicas agrícolas; Transtorno do espectro autista; Exposição materna; Revisão sistemática