RESUMO
Objetivo:
Descrever a distribuição espaçotemporal da mortalidade infantil eseus componentes no município do Rio de Janeiro nos anos de 2010 e 2019.
Métodos:
Estimamos a taxa de mortalidade infantil e os componentes neonatal e pós-neonatal. Calculamos a taxa de mortalidade padronizada para detectar excesso de mortalidade infantil nas áreas de planejamento e realizamos regressão de Poisson para estimar o efeito dessas áreas nos anos de 2010 e 2019. Efetuamos análise espacial por bairros para detectar autocorrelação espacial das taxas, com uso do índice de Moran e do indicador local de associação espacial (LISA).
Resultados:
As áreas de planejamento são muito heterogêneas em função da história e da evolução da ocupação. Há excesso de mortalidade nas áreas de planejamento com maior vulnerabilidade social. No modelo de Poisson, observamos que em todos os componentes a área de planejamento de residência teve significância estatística, assim como o ano. O índice de Moran não mostrou autocorrelação espacial global. Contudo, ao aplicarmos o método LISA, observou-se autocorrelação em nível local e aglomerados espaciais no município do Rio de Janeiro.
Conclusões:
A heterogeneidade espacial da taxa de mortalidade infantil no Rio de Janeiro sugere que estratégias locais de políticas de saúde para cada região são uma medida eficiente para sua redução.
Palavras-chave:
Mortalidade infantil; Excesso de mortalidade; Vulnerabilidade social; Análise espaçotemporal