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Hanseníase em menores de quinze anos no município mais hiperendêmico do Brasil

RESUMO

Objetivo:

Descrever os perfis de acometimento de hanseníase e incapacidade física em menores de 15 anos.

Métodos:

Estudo ecológico de série temporal, baseado em dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, incluindo casos novos de hanseníase residentes em Palmas (TO), no período de 2001 a 2020.

Resultados:

Foram avaliados 471 casos notificados em crianças e adolescentes menores de 15 anos, resultando em um coeficiente de detecção de 26,5 por cem mil habitantes. Destes, 52% (n=243) eram do gênero feminino, 5% (n=24) correspondiam ao grau dois de incapacidade física, e 36% (n=168) foram diagnosticados por demanda espontânea. A análise de tendência temporal mostrou queda do coeficiente de detecção em 0,5%. Houve queda significativa no diagnóstico das formas clínicas indeterminada e tuberculoide e aumento significativo da dimorfa. O diagnóstico por exame de contato teve um aumento significativo de 13,1% e o por demanda espontânea, queda significativa de 4,9%. O coeficiente de detecção de casos com grau dois de incapacidade apresentou uma queda significativa de 7,4%, enquanto o de casos com grau um, apresentou um aumento de 16,8%.

Conclusões:

Apesar da tendência de queda do coeficiente de detecção em menores de 15 anos e do coeficiente de detecção de casos com grau dois de incapacidade, outros fatores indicam falha no manejo adequado da hanseníase em Palmas.

Palavras-chave:
Hanseníase; Doenças negligenciadas; Epidemiologia; Crianças

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