RESUMO
Objetivo:
Avaliar a vigilância da síndrome respiratória aguda grave em uma unidade pediátrica.
Métodos:
Estudo descritivo dos casos de síndrome respiratória aguda grave, notificados e com a detecção de vírus respiratório em amostra de nasofaringe de pacientes internados entre 2013 e 2019, em um hospital de referência do Distrito Federal.
Resultados:
Um total de 269 crianças tiveram algum vírus detectado, resultando em 280 vírus, sendo 152 (54%) vírus sincicial respiratório. A detecção do vírus sincicial respiratório foi maior durante o período de outono-inverno. A mediana da idade das crianças foi de 6,9 meses, 156 (58%) eram do sexo masculino, 104 (39%) tinham comorbidade, 197 (73%) necessitaram de ventilação mecânica, 241 (90%) receberam antibióticos e 146 (54%) oseltamivir. Ocorreram 19 (7%) óbitos. A mediana do tempo desde o início dos sintomas até a coleta da amostra foi de 5 dias, e do tempo da coleta até o resultado foi de 6 dias.
Conclusões:
O sistema necessita reduzir o tempo do resultado final para que seja possível evitar o uso inadequado de antibióticos e antivirais. Ademais, o impacto das pneumonias virais foi relevante e o sistema deve ser flexível suficiente para incluir vírus emergentes, para ser útil na resposta às emergências de saúde pública causada por vírus respiratórios.
Palavras-chave:
Síndrome respiratória aguda grave; Vírus sincicial respiratório; Influenza; Avaliação de programas e projetos de saúde; Serviços de vigilância epidemiológica; Brasil