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Suscetibilidade de Candida albicans a antifúngicos: cepas isoladas da mucosa bucal de pacientes com câncer

O crescente número de infecções fúngicas bucais em pacientes imunocomprometidos tem estimulado a pesquisa de drogas mais eficientes. Procuramos, assim, avaliar a suscetibilidade in vitro de cepas de Candida albicans de pacientes com câncer submetidos ou não a radioterapia frente às seguintes drogas: anfotericina B, cetoconazol, miconazol e itraconazol. A técnica de diluição em ágar YNB e o subcultivo em AS foram respectivamente utilizados para determinação da CIM (Concentração Inibitória Mínima) e da CFM (Concentração Fungicida Mínima). Com esta metodologia, a droga que mostrou melhor atividade antifúngica para cepas de C. albicans isoladas de qualquer dos grupos de pacientes foi a anfotericina B, apresentando baixos valores de CIM em comparação aos azóis, e de CFM. Contudo, é necessário lembrar que o tratamento com antibióticos poliênicos pode causar efeitos tóxicos, mesmo em doses necessárias para se atingir bons resultados com os antifúngicos. A coexistência de outras espécies nesses pacientes, principalmente entre os submetidos à radioterapia, as condições locais, bem como o uso de outras drogas, devem ser também considerados. Acredita-se, porém, que o uso adequado dos antifúngicos atuais e a disponibilidade de novas drogas que não produzam conseqüências indesejáveis possam conduzir a melhores resultados na clínica diária.

Candida albicans; Infecções oportunistas; Antimicóticos; Neoplasias


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