Resumo
Introdução
o nascimento de uma criança com deficiência intelectual exige dos pais a definição de suas funções em relação aos cuidados com a criança.
Objetivo
investigar o quanto as práticas de cuidados parentais, características sociodemográficas, comportamentais e o conhecimento familiar podem ter impacto na saúde bucal de crianças com deficiência intelectual na faixa etária de zero a seis anos de idade.
Material e método
foi avaliado o nível de ajuda cedida à criança na prática de higiene bucal de acordo com a escala de independência funcional adaptada. A Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado avaliou os cuidados primários e a estimulação oferecida à criança. Foram analisados a presença de placa dentária e o índice ceo-d. O nível de significância foi de 5%.
Resultado
a porcentagem relativa de placa dentária foi de 11,4%. O índice ceo-d foi de 2. A prevalência de dentes com extração indicada é maior em crianças que recebem ajuda total para higienização, quando comparadas as que recebem ajuda máxima, moderada ou supervisão. Níveis mais elevados de placa dentária e dentes cariados foram encontrados nas crianças cujos pais avaliaram a saúde dental como ruim, a higiene como deficiente e quando acreditavam que os filhos podem sentir desconforto em razão de seu estado de saúde bucal. Baixa frequência de estimulação resultou em maior índice de placa e número de dentes cariados.
Conclusão
a frequência de estimulação dos cuidados parentais influenciou na porcentagem do índice de placa e no número de dentes cariados nas crianças com deficiência intelectual.
Descritores:
Assistência odontológica para pessoas com deficiências; deficiência intelectual; cuidados parentais