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Vascular epiphytes of the Serra do Relógio: the surprising richness of the seasonal forests in the mountains of Minas Gerais, Southeastern Brazil

Resumo

Os estudos sobre epífitas vasculares realizados em Minas Gerais vêm revelando uma elevada riqueza nas Florestas Estacionais Semideciduais (FES), quando comparadas àquelas de outros estados brasileiros. O presente estudo teve como objetivos apresentar uma listagem das epífitas vasculares da Serra do Relógio, na Floresta Atlântica de Minas Gerais, analisar a similaridade entre duas áreas localizadas em diferentes altitudes, além de discutir sobre a elevada riqueza registrada para esta sinúsia nas FES do estado. A pesquisa foi conduzida em duas Unidades de Conservação (UC) que distam cerca de 6 km entre si e possuem altitudes variando entre ~500 e 1.434 m. Os dados foram obtidos de estudos publicados e expedições realizadas entre os anos de 2016 e 2019. Nós registramos 158 espécies pertencentes a 76 gêneros e 22 famílias. A riqueza observada no presente estudo é maior do que aquela encontrada em pesquisas realizadas em florestas ombrófilas, fato considerado inesperado devido à elevada umidade desta fitofisionomia. Embora ~66% das espécies da SR tenham suas sementes dispersas pelo vento e as UC’s sejam geograficamente muito próximas, a similaridade encontrada foi de apenas ~22%, sugerindo que a diferença de altitude entre as áreas e o histórico de uso podem estabelecer filtros que influenciam na composição florística de cada uma delas. Nossos resultados ressaltam a importância da conservação dos remanescentes florestais no Brasil e da criação e manutenção de UC’s para protegê-los.

Palavras-chave
altitude; Floresta Atlântica; unidades de conservação; Serra da Mantiqueira; Zona da Mata

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