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Os benefícios da nanoencapsulação de ácidos graxos da classe ômega-3 para o enriquecimento de produtos alimentícios: uma revisão

RESUMO

Os ácidos graxos poli-insaturados são facilmente oxidados devido à sua estrutura química, o que acarreta a diminuição de suas propriedades nutricionais. Nesse contexto, o sistema nanoestruturado pode ser uma alternativa para protegê-los contra a oxidação, melhorando a solubilidade e estabilidade. Consequentemente, quando são adicionados a produtos alimentares, o valor nutricional é mantido, bem como as características sensoriais (cor, sabor, textura e aroma). O presente estudo é uma revisão narrativa para apresentar os potenciais benefícios das nanopartículas com ácidos graxos insaturados da classe ômega-3 incorporados a produtos alimentícios. A literatura consultada incluiu publicações em inglês e em português, considerando o período entre março de 1985 e março de 2019, utilizando as bases de dados PubMed, ScienceDirect e Web of Science. Foram realizadas buscas manuais nas referências dos artigos incluídos, a fim de identificar outros estudos relevantes. Foram encontradas pesquisas que avaliaram a estabilidade dos ácidos graxos em produtos alimentícios, como pães, suco de fruta, leite, iogurte e carne. Neste estudo, as nanoestruturas mais utilizadas para a incorporação dos ácidos graxos foram as nanocápsulas e os nanolipossomas. Atualmente, o sistema nanoestruturado demonstra um potencial para melhorar a proteção desses ácidos poli-insaturados contra a oxidação e degradação térmica. Dessa forma, eles mantêm suas propriedades funcionais, aumenta-se sua biodisponibilidade e há melhora da eficácia terapêutica e das propriedades sensoriais. Existem diversas metodologias sendo testadas, o que dificulta a identificação de qual seria a formulação mais eficiente nessa proteção, mas os sistemas nanoestruturados parecem ser a melhor alternativa para proteger os ácidos graxos insaturados da oxidação. A eficiência de encapsulação bem como o tamanho e o tipo de partícula são fatores importantes a considerar na avaliação da oxidação. Em conclusão, a revisão demonstrou que atualmente a metodologia mais eficiente não é possível de ser identificada. Ademais, as nanoformulações devem seguir diretrizes do protocolo internacional para apresentar partículas mais padronizadas e, assim, eficientes.

Palavras-chave
Alimentos funcionais; Ácidos graxos ômega-3; Nanotecnologia; Ácidos graxos insaturados

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