Efeito da educação nutricional dada a pessoas com esclerose múltipla e suas famílias em relação a qualidade da dieta, medidas antropométricas e bioquímicas

RESUMO

Objetivo:

Objetivou-se investigar os efeitos da educação nutricional dada a pessoas com esclerose múltipla e seus familiares, avaliação de medidas antropométricas, bioquímicas e da qualidade da dieta.

Métodos:

Dados de 51 participantes com esclerose múltipla foram analisados neste estudo de intervenção. O estudo foi dividido em 3 grupos, sendo o primeiro composto por indivíduos que obtiveram educação nutricional, o segundo, composto por indivíduos mais um membro da família que morava com eles e obtiveram educação nutricional, e o terceiro, grupo controle, composto por indivíduos que não obtiveram educação nutricional. Medidas antropométricas, bioquímicas e avaliações da qualidade da dieta foram feitas antes (T1) imediatamente após a educação nutricional (T2) e também 3 meses após a educação nutricional (T3).

Resultados:

A distribuição dos escores de qualidade da dieta do grupo de educação familiar mostrou um aumento significativo de “ruim” para “precisa melhorar” no T3 em comparação ao T1. As medidas da circunferência do braço médio do grupo controle feminino foram menores em T2 e T3 [de 29,0 (23-34) cm para 28,0 (22-31) cm e para 27,5 (22-31) cm]. Nas mulheres do grupo família, os níveis séricos de hemoglobina e hematocrito foram maiores do que no grupo controle em T2 e T3. Também nos homens do grupo família, os níveis de alanina aminotransferasa foram mais baixos do que os do grupo educação no seguimento. Os níveis de CT e LDL-C no grupo educação foram superiores aos do grupo controle em T1, T2 e T3.

Conclusão:

Este estudo observou que a educação nutricional afeta algumas medidas bioquímicas antropométricas em pessoas com esclerose múltipla. A qualidade da dieta melhorou quando recebeu educação junto com as famílias.

Palavras-chave:
Qualidade da dieta; Esclerose múltipla; Educação nutricional