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Estudo da interação células Vero/PLGA após a modificação da superfície por plasma de oxigênio

Study of vero cells/PLGA interaction after surface modification by oxygen plasma

Resumos

A aplicação de polímeros bioreabsorvíveis como suporte para cultura de células é um método alternativo para o tratamento de lesões e perdas teciduais. A modificação da superfície desses polímeros por plasma é uma técnica efetiva e econômica para torná-los mais hidrofílicos e melhorar a adesão celular. O objetivo deste trabalho foi estudar as interações entre células Vero e suportes de PLGA previamente tratados por plasma de oxigênio, com o objetivo de aumentar a hidrofilicidade da superfície desses materiais. As amostras foram caracterizadas através das análises de ângulo de contato, MEV e citoquímica. O tratamento por plasma melhorou a adesão e a proliferação celular, em relação às membranas sem tratamento.

PLGA; plasma; células vero


The application of bioreabsorbable polymers as support for cells culture is an alternative method to treat lesions and loss of tissues. The surface modifications of these polymers by plasma is an effective and economical technique to make it more hydrophilic. The aim of this work was to study the interactions between Vero cells and PLGA supports previously treated by oxygen plasma, to increase the surface hydrofilicity. The samples were characterized by contact angle, MEV and citochemical analysis. The plasma treatment increased the hydrofilicity, improving the adhesion and cell proliferation, in comparison with the membranes without treatment.

PLGA; plasma; vero cells


Estudo da interação células Vero/PLGA após a modificação da superfície por plasma de oxigênio

Study of vero cells/PLGA interaction after surface modification by oxygen plasma

Andrea R. EspositoI; Carolina LucchesiI,II; Betina M. P. FerreiraI; Eliana A. R. DuekI,III

ILaboratório de Biomateriais – CCMB/PUCSP Sorocaba, São Paulo, SP. CEP: 18030-230 e-mail: deia_esposito@yahoo.com.br, biene_bmp@hotmail.com

IIDepartamento de Histologia e Embriologia – IB/UNICAMP CP: 6109. Campinas, São Paulo, SP. CEP: 13083-863 e-mail: clucchesi@pucsp.br

IIIDepartamento de Engenharia de Materiais – FEM/UNICAMP CP: 6122. Campinas, São Paulo, SP. CEP: 13083-970 e-mail:, eliduek@pucsp.br

RESUMO

A aplicação de polímeros bioreabsorvíveis como suporte para cultura de células é um método alternativo para o tratamento de lesões e perdas teciduais. A modificação da superfície desses polímeros por plasma é uma técnica efetiva e econômica para torná-los mais hidrofílicos e melhorar a adesão celular. O objetivo deste trabalho foi estudar as interações entre células Vero e suportes de PLGA previamente tratados por plasma de oxigênio, com o objetivo de aumentar a hidrofilicidade da superfície desses materiais. As amostras foram caracterizadas através das análises de ângulo de contato, MEV e citoquímica. O tratamento por plasma melhorou a adesão e a proliferação celular, em relação às membranas sem tratamento.

Palavras chave: PLGA, plasma, células vero.

ABSTRACT

The application of bioreabsorbable polymers as support for cells culture is an alternative method to treat lesions and loss of tissues. The surface modifications of these polymers by plasma is an effective and economical technique to make it more hydrophilic. The aim of this work was to study the interactions between Vero cells and PLGA supports previously treated by oxygen plasma, to increase the surface hydrofilicity. The samples were characterized by contact angle, MEV and citochemical analysis. The plasma treatment increased the hydrofilicity, improving the adhesion and cell proliferation, in comparison with the membranes without treatment.

Keywords: PLGA, plasma, vero cells.

1 INTRODUÇÃO

O poli(ácido láctico–co–ácido glicólico) (PLGA) é um poliéster bioreabsorvível que vem se tornando importante como suporte na engenharia de tecidos. Entretanto, tem baixa hidrofilicidade e não possui sítios naturais de reconhecimento para ancoragem celular [1].

As células Vero são consideradas modelo para este tipo de estudo, pois podem sofrer alterações sob a ação de diferentes fatores [2], incluindo as interações com o substrato [3, 4]. Essas células possuem um padrão de crescimento caracterizado por uma morfologia alongada e crescimento em monocamadas sobre plástico ou vidro [4, 5].

FERREIRA et al. [7] realizaram um estudo de cultura de células Vero sobre membranas de PLLA e PHBV. Os autores mostraram que existe uma baixa adesão dessas células nos polímeros estudados, porém relatam que a interação célula/polímero existe, mas é fraca [6]. Recentemente, FERREIRA et al. [8] realizaram um estudo de caracterização das membranas de PLLA e PHBV tratadas com plasma e mostraram que havia uma melhora na hidrofilicidade e consequentemente uma possível melhora na adesão celular.

A modificação da superfície por plasma é uma eficiente e econômica técnica de tratamento de superfícies para muitos materiais e está ganhando o interesse da engenharia biomédica [9]. A vantagem desse tipo de modificação é que as propriedades da superfície e a biocompatibilidade podem ser aumentadas seletivamente, enquanto os atributos do material permanecem inalterados [10].

WAN et al. [1] e CROLL et al. [11] estudaram o efeito do plasma sobre membranas de PLGA e observaram uma melhora na hidrofilicidade. A interação do plasma de ar sob baixas temperaturas em filmes poliméricos causa principalmente mudanças na polaridade da superfície [12]. Os autores também sugerem que o tratamento com plasma pode levar a uma melhora na adesão celular, pois a adesão em superfícies biológicas é uma conseqüência da adsorção de proteínas pelo substrato. Essas interações envolvem espécies iônicas, ligações de hidrogênio e forças eletrostáticas [6, 13].

O objetivo deste trabalho foi estudar as interações entre células Vero e suportes de poli(ácido láctico-co-ácido glicólico) (PLGA) previamente tratados com plasma de oxigênio sob diferentes condições de pressão.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Preparação das Amostras

O polímero PLGA 50/50 foi dissolvido em cloreto de metileno 5% (m/v) e a solução foi vertida lentamente em uma placa de Petri. Após evaporação do solvente (aproximadamente 24 horas) as membranas obtidas foram secas a vácuo. Em seguida, as amostras obtidas foram submetidas ao tratamento com plasma. Foram colocadas em uma câmara de vácuo, a uma potência de 50 ou 100 W. Ao alcançar a pressão desejada (20 ou 80 Pa “Tab. 1”) introduziu-se o oxigênio (O2) e, então, iniciou-se a descarga do plasma. Após 600s, desligou-se o plasma, desfez-se o vácuo e as amostras foram retiradas. Para tal, utilizou-se um equipamento de plasma do tipo rádio frequência (RF) Ashing da Anatech LTD.

2.2 Caracterização das Amostras

2.2.1 Ângulo de Contato

O ângulo de contato das amostras foi medido em ar usando um Goniômetro NRL C.A. Goniometer Modelo 100-00 da Ramé-Hart, inc. Imaging System. A aquisição de imagens foi feita utilizando o software Rame-Hart Imaging 2001. Para a realização das medidas foi utilizada água desmineralizada deionizada e diiodometano.

2.2.2 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

As membranas foram colocadas em um suporte metálico e recobertas com ouro, utilizando um metalizador Sputter Coater Bal-Tec SCD 050. Em seguida, foram observadas em um microscópio eletrônico de varredura JSM 5900-LV ARP.

2.3 Estudo in vitro – Estudo da Cultura de Células

Foram utilizadas células Vero, provenientes do rim de um Macaco Verde africano (Cercopithecus aethiops), obtidas no Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, Brasil. Essa linhagem é recomendada para estudos de citotoxicidade e para interações célula-substrato com biomateriais [16].

2.3.1 Cultura de Células

As células Vero foram mantidas em meio 199 (EARLE) (Nutricell Nutrientes Celulares), com 10% de soro fetal bovino (SFB) (Nutricell Nutrientes Celulares) em estufa de CO2 (5%) a 37°C. Foram realizadas trocas do meio de cultura sempre que necessário. Para avaliar a viabilidade celular, utilizou-se o método de exclusão pelo Azul de Tripan e as células viáveis foram contadas em Câmara de Neubauer.

2.3.2 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Células Vero em uma concentração de aproximadamente 2 x 105 células/ml, foram lançadas sobre as membranas de PLGA tratadas e não tratadas com plasma e mantidas em meio de cultura 199 com 10% de SFB. As placas foram incubadas em estufa de CO2 a 37°C. Após 2 e 48 horas as amostras foram mantidas durante 1 hora a temperatura ambiente em solução contendo paraformaldeído (1,25%), glutaraldeído (2,5%) (Sigma), ácido pícrico (0,06%), ácido tânico (1,0%) dissolvidos em tampão fosfato (0,1M, pH 7,4). Posteriormente as amostras foram tratadas com tetróxido de ósmio (1,0%) (Sigma) e desidratadas em concentrações crescentes de etanol. As amostras foram secas em Ponto Crítico (Balzers CPD 030), recobertas com ouro, usando um metalizador (Balzers SCD 050) e observadas em microscópio eletrônico de varredura (JEOL JSM-5800 LV). Todos os experimentos foram realizados em triplicata.

2.3.3 Análise Citoquímica

Para o ensaio citoquímico as amostras foram submetidas as mesmas condições utilizadas no estudo da MEV. Após 2, 48 e 168 horas as amostras foram fixadas, desidratadas e coradas com azul de toluidina (AT), um corante básico que reage com grupos aniônicos e com xylidine ponceau (XP), um corante aniônico que cora grupos catiônicos. As amostras para AT foram fixadas com metanol/ácido acético 3:1 e as amostras para XP com formol 10%. Posteriormente foram lavadas com metanol em seguida coradas e lavadas [6]. Após secas, foram montadas com entelan para observação e análise em microscópio óptico com luz polarizada (Eclipse E800 – Nikon). Todos os experimentos foram realizados em triplicata.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Análise do Material

3.1.1 Caracterização do Ângulo de Contato

A hidrofilicidade é um dos fatores mais importantes que afetam a citocompatibilidade dos biomateriais. A adesão e crescimento das células nas superfícies são considerados como sendo fortemente influenciados pelo balanço hidrofilicidade/hidrofobicidade, freqüentemente descritos como molhabilidade. Embora já tenha sido afirmado, anteriormente, que não há uma correlação óbvia entre hidrofilicidade e comportamento celular, alguns trabalhos demonstraram que a maior parte das células preferem se ancorar em superfícies hidrofílicas [15, 16, 17]. Esses estudos mostraram ainda que as células aderem, espalham-se e crescem mais facilmente em substratos com hidrofilicidade moderada do que em substratos hidrofóbicos ou muito hidrofílicos.

O tratamento das membranas de PLGA com plasma de oxigênio causou redução no ângulo de contato com a água e aumento na energia de superfície “Tab. 2”. Nota-se um aumento da hidrofilicidade na superfície das amostras provocado pelo aumento da componente polar (gsp) da energia da superfície.

Esses resultados estão de acordo com os observados por CHU et al. [10], que notaram que a hidrofilicidade está relacionada ao tipo de gás e aos parâmetros do tratamento tais como, potência, pressão e tempo utilizados.

3.1.2 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

A membrana de PLGA sem tratamento “Fig. 1a” apresentou uma superfície lisa com alguns orifícios. Com a aplicação dos menores parâmetros de plasma, a superfície foi levemente alterada, aumentando o número de orifícios “Fig. 1b”, isso foi observado de forma clara ao se aplicar o plasma com os parâmetros mais elevados, onde a superfície sofreu uma intensa modificação, passando a apresentar uma nítida erosão “Fig. 1c”.

Segundo YANG et al. [13], o aumento da rugosidade é uma das razões para o aumento da hidrofilicidade das amostras tratadas por plasma. Em resumo, podem-se modificar completamente as propriedades físicas e químicas da superfície do copolímero PLGA, utilizando-se o tratamento com plasma de O2. Além disso, não somente as modificações químicas das superfícies, mas também as mudanças morfológicas podem contribuir, independentemente, para as modificações na hidrofilicidade do PLGA.

3.2 Estudo in vitro

3.2.1 Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Os resultados obtidos através da análise por MEV mostraram que os fibroblastos iniciaram o processo de adesão e polarização celular sobre as membranas de PLGA, independente de terem sido ou tratadas (Figs. 2 e 3).

As imagens obtidas mostraram diferenças significativas quanto à quantidade de células aderidas e ao tempo de adesão celular entre as membranas tratadas por plasma de O2, (Figs. 2B-Ce Figs. 3B-C”) e as membranas que não receberam tratamento (Figs. 2A e 3A). Verifica-se que as membranas com a superfície modificada pelo plasma sob pressão de 20 Pa apresentaram um número evidentemente maior de células aderidas, observando-se morfologia semelhante à das células fibroblásticas [18], quando comparadas ao PLGA sem tratamento, onde não se verificou a presença de projeções citoplasmáticas e/ou vesículas.

Segundo PINHO et al. [19], uma vez estabelecida à adesão sobre o substrato, às células passam a responder a este, alterando a sua morfologia, crescimento, proliferação, padrão de diferenciação e comportamento.

A análise das células Vero realizada após 2h de cultivo, permitiu observar padrões diversos de adesão celular para os diferentes substratos. Sobre as membranas de PLGA 0, observaram-se poucas células crescendo sobre o substrato, dispondo-se isoladamente, mostrando morfologia arredondada ou ligeiramente fusiforme, com escassa presença de material particulado sobre as superfícies celulares (Fig. 2A).

Sobre as membranas de PLGA 1 (plasma 20Pa) observaram-se células em maior número e a sua morfologia variou significativamente entre alongada e estrelada. Além disso, havia presença de filopódios e lamelipódios e uma grande quantidade de material particulado disposto sobre as superfícies celulares, apresentando um aspecto semelhante a microvilosidades (Fig. 2B). A presença de material particulado nas superfícies celulares evidencia que as células mantiveram sua capacidade biossintética. A adesão de células ao substrato não somente estimula a proliferação, mas também sua atividade biossintética [4].

As células estabelecidas sobre o PLGA 2 (plasma 80Pa) mostraram-se alongadas e aderidas ao substrato, com morfologia mais achatada e, quando observadas sob aumento maior, verificam-se células ligadas umas às outras através de alguns prolongamentos citoplasmáticos “Fig. 2c”, além de estruturas que também se assemelham a microvilosidades e/ou vesículas, porém em menor quantidade quando comparadas as membranas de PLGA 1.

Segundo REZENDE et al. [20] e KWEON et al. [21], o PLGA possui características hidrofóbicas, o que poderia justificar a baixa aderência das células às membranas de PLGA sem tratamento. Além disso, segundo YAMAGUCHI et al. [22], as células exibem boa adesão celular em materiais com ângulo de contato menor que 60°. WAN et al. [16] afirmam que na superfície modificada pelo plasma, aumenta-se a quantidade de grupos polares, resultando em um aumento da razão hidrofilicidade/hidrofobicidade. Os resultados obtidos das análises de ângulo de contato com a água, os quais diminuíram em aproximadamente 33% do valor inicial (92,9) com o tratamento, estão de acordo com resultados encontrados na literatura [11].

Como citado anteriormente, é conhecido que diferenças na morfologia da superfície podem influenciar o comportamento da célula [13, 23]. Segundo BERRY et al. [24], as células fibroblásticas são sensíveis às alterações na morfologia da superfície, influenciando a motilidade e possivelmente a proliferação celular.

Nas imagens observadas após 48 horas de cultivo, notou-se uma maior densidade de células, comparada à das membranas cultivadas após 2 horas. Esses dados estão de acordo com a literatura, onde observou-se que apesar da baixa adesão, as membranas de PLGA, permitiram a proliferação celular e sua capacidade de síntese [6]. Não se verificou diferenças morfológicas entre as membranas tratadas e não tratadas por plasma após 48 horas de cultivo. Observou-se uma quantidade de células aderidas semelhante entre as amostras, dispostas em monocamada com prolongamentos citoplasmáticos, filopódios e lamelipódios, e presença de material particulado sobre as superfícies celulares. Observaram-se ainda células muito próximas, sugerindo uma íntima ligação entre elas, dificultando a visualização da delimitação do contorno das células e seus respectivos limites celulares.

A análise por microscopia eletrônica de varredura, mostrou que ocorre interação entre PLGA/células Vero, com apenas 2 e 48 horas de cultivo. As superfícies das membranas de PLGA 1 apresentaram maior número de células aderidas, com perfil alongado característico de células fibroblásticas. Estas características mostraram-se mais evidentes nas células cultivadas em membranas tratadas com plasma de O2. Foi possível observar a presença de material particulado entre projeções das superfícies celulares, sugerindo um aumento da atividade metabólica das células quando comparadas às outras amostras. Essas características ultra-estruturais são consideradas como resultantes da capacidade de células Vero secretarem componentes da matriz extracelular [25].

3.2.2 Análise Citoquímica

As células proliferaram sobre o substrato de PLGA e atingiram a confluência. Não foram encontradas alterações citoquímicas, induzidas pelas diferentes superfícies tratadas e não tratadas com plasma de oxigênio. As amostras apresentaram-se gradualmente coradas por AT e XP, em função do tempo de cultivo, mostrando aspecto basófilo e acidófilo, respectivamente (Fig. 4).

Segundo LOMBELLO et al. [4], o citoplasma basófilo sugere que as células são capazes de sintetizar glicosaminoglicanas. Apesar disso, estas produzem moléculas na forma solúvel em meio de cultura, como pode ser verificado nos grupos de proteínas corados com XP (Fig. 4A). Um modelo citoquímico similar foi encontrado em outros biomateriais como poli(HEMA) [4] ou colágeno tipo I. Esses resultados estão de acordo com a descrição de que diferentes tipos celulares são capazes de produzirem matriz sobre polímeros de PLGA [25].

4 CONCLUSÃO

As membranas de PLGA tratadas mostraram características desejáveis, onde as células apresentaram uma melhor adesão sobre as superfícies tratadas com plasma e podendo responder alterando seu perfil de diferenciação. O tratamento por plasma de O2 promoveu um aumento na hidrofilicidade das amostras estudadas, observando-se nas membranas tratadas uma queda nos ângulos de contato e aumento na rugosidade das superfícies das amostras, proporcionando uma boa adesão celular. A partir da MEV, conclui-se que as membranas de PLGA permitiram a adesão e proliferação celular, independentemente do tratamento realizado. O presente estudo mostrou que modificações da superfície por plasma de O2 influenciaram a adesão celular. Isso indica que se deve dar atenção à estrutura do polímero e também ao tratamento de suas superfícies e/ou incorporar elementos bioativos, pois esses fatores são capazes de influenciar o comportamento celular.

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Data de envio: 01/09/06 Data de aceite: 11/10/06





















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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Jun 2007
  • Data do Fascículo
    2007

Histórico

  • Aceito
    11 Out 2006
  • Recebido
    01 Set 2006
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