Acessibilidade / Reportar erro

Sensibilidade do desempenho à fadiga de revestimentos asfálticos compostos por ligante polimérico

RESUMO

São vários os fatores (geométricos, mecânicos e de carregamento) que podem influenciar no dimensionamento do pavimento flexível e no seu desempenho quanto ao aparecimento de fissuras por fadiga. Por isso, os métodos mecanístico-empíricos para o dimensionamento são amplamente aceitos e utilizados no âmbito da engenharia de pavimentação. Entretanto, para a análise mecanística existe uma gama de modelos de fadiga que podem proporcionar diferentes dimensionamentos do pavimento. Este estudo visou analisar a sensibilidade do desempenho à fadiga do revestimento asfáltico de acordo com dados derivados de um dimensionamento mecanístico-empírico do pavimento e levando em consideração diferentes modelos de fadiga. As seguintes variáveis foram consideradas nos modelos de fadiga: as propriedades mecânicas dos materiais estruturais, as espessuras das camadas estruturais e a carga aplicada à estrutura. As misturas asfálticas de projeto contempladas na pesquisa foram definidas de acordo com o método de projeto de mistura Marshall, enquadradas em duas distintas faixas granulométricas aplicáveis ao concreto asfáltico com ligante polimérico. O protocolo mecanístico-empírico envolveu o pré-projeto das estruturas do pavimento utilizando o método empírico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e sua análise mecanística utilizando o programa de computador Elsym5, o qual considera que as camadas horizontais são formadas por materiais elástico-lineares e isotrópicos. Os resultados mostraram que o desempenho à fadiga e o dimensionamento da camada de revestimento asfáltico variaram conforme os modelos de fadiga aplicados nos diferentes cenários. Porém, a sensibilidade do desempenho à fadiga do revestimento asfáltico determinado por esses modelos, diante das variações dos fatores estudados, foi aproximadamente a mesma. Assim, concluiu-se que a fadiga dos revestimentos asfálticos foi mais sensível à variação da espessura da camada de revestimento asfáltico do que à variação do valor de carga aplicada, seguidas do módulo de resiliência do solo do subleito.

Palavras-chave
Misturas asfálticas modificadas com polímero SBS; Análise mecanístico-empírica do pavimento; Modelos de desempenho à fadiga do pavimento

Laboratório de Hidrogênio, Coppe - Universidade Federal do Rio de Janeiro, em cooperação com a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH2 Av. Moniz Aragão, 207, 21941-594, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel: +55 (21) 3938-8791 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revmateria@gmail.com