Cianobactérias (Microcystis aeruginosa), produtoras de potentes ciclopeptídeos hepatotóxicos conhecidos como microcistinas, foram coletadas e submetidas à determinação de toxicidade em camundongos "Swiss Albino" com 30 e 90 dias de idade, através de injeção intraperitoneal. O fígado e baço foram submetidos à analise histopatológica e o desenvolvimento de peso e os sinais vitais foram monitorados. A DL50 no teste de toxicidade foi de 154,28 mg.Kg-1. Da biomassa analisada, 95% das espécies eram de Microcystis aeruginosa. A relação entre peso do fígado e peso corpóreo nos animais testes inoculados com dose única foi de 6,0% e 7,2%, com multidose 7,0% e 7,5% e nos controles, foi de 4% e 5% para animais adultos e jovens, respectivamente. Houve um aumento acentuado no volume e peso do baço, em relação aos dos animais controle, onde os animais inoculados com dose única tiveram uma relação entre o peso do baço e peso corpóreo de 0,67% e 0,37%, com multidose de 1,22% e 1,05% e nos controles foi de 0,12% e 0,15% para animais adultos e jovens, respectivamente. Os animais jovens inoculados com dose única e multidose tiveram aumento do peso e do volume do baço em 150% e 407%, enquanto os adultos em 607% e 845%, respectivamente, em relação ao controle. A análise histopatológica mostrou uma diferença marcante na estrutura do parênquima hepático, entre animais controles e expostos aos extratos de M. aeruginosa. As principais alterações observadas foram o aspecto congestivo, inclusive dos sinusóides, e hemorragia intra-hepática. Enquanto que, a análise histopatológica do baço mostrou um aumento considerado do número de células gigantes multinucleares nos baços dos animais intoxicados com a M. aeruginosa.
Microcystis aeruginosa; Cianobactéria; hepatomegalia; esplenomegalia