Entre oitenta e seis amostras da mucosa oral de pacientes com AIDS, 59 (68,60%) foram positivas para leveduras do gênero Candida. A identificação, feita pela produção de tubo germinativo e clamidósporos e através de assimilação e fermentação de hidratos de carbono, revelou 52 cepas (88,13%) de C.albicans, 4 (6,77%) de C. tropicalis e 3 (5,08%) de C.krusei. Avaliação destas leveduras para susceptibilidade in vitro frente a anfotericina B, flucitosina, itraconazol, fluconazol e cetoconazol, foi realizada pelo método de diluição em ágar. Comparando-se os valores de concentração inibitória mínima encontrados com os níveis séricos alcançados por estes antifúngicos verificou-se que apenas 8,47% e 5,08% das 59 leveduras foram resistentes a anfotericina B e flucitosina, respectivamente. Foi registrada uma percentagem de cepas resistentes aos derivados azólicos, sendo 25,42% ao itraconazol, 45,76% ao cetoconazol e 66,10% ao fluconazol.
candidíase orofaríngea; leveduras; resistência in vitro; antifúngicos