Grandes quantidades de borra oleosa são geradas como resíduos pela indústria do petróleo, representando um problema real para as refinarias. Neste trabalho foi estudada a viabilidade técnica do tratamento biológico de borra oleosa, conduzido a partir do estímulo de microrganismos nativos, em escala de bancada. Tais microrganismos foram capazes de crescer em meio contendo borra oleosa como única fonte de carbono e de energia. Duas concentrações deste resíduo foram estudadas, 5% (v/v) e 10% (v/v), para uma relação C:N de 100:1. Maiores densidades microbianas foram observadas na primeira condição. Por outro lado, inibição pelo substrato e/ou efeito tóxico ocorreram na segunda condição. Foi comprovada a importância da aeração sobre a atividade microbiana, assim como sobre a biodegradação do resíduo. Em termos de consumo de n-parafinas, pristano e fitano, a eficiência global máxima atingida foi de 76,9% (p/p), em meio contendo 5% (v/v) de borra oleosa. O procedimento de identificação mostrou a predominância de bactérias do gênero Pseudomonas e de leveduras dos gêneros Candida e Rhodotorula. Dois fungos filamentosos também foram isolados, estando, no momento, sujeitos a procedimentos de identificação.
borra oleosa; biodegradação; aeração
