Abordarei, neste artigo, as repetições de fala sintomáticas e sua relação com a estruturação subjetiva do sujeito. Com base nos princípios do interacionismo brasileiro e da clínica de linguagem, numa visada pela psicanálise, serão discutidos os princípios da repetição enquanto estruturante do sujeito na aquisição de linguagem e como esse fenômeno passa a ser sintoma - lido como ecolalia na clínica de linguagem. Com base nessas teorias, discute-se a incorporação de fragmentos da fala de outros sujeitos como mecanismo de entrada da criança na linguagem como algo estrutural, e por isso mesmo também tem a face de aprisionar o falante, dizendo assim de uma estruturação subjetiva que foge à lógica da chamada “normalidade”.
Palavras-chave:
Repetição; fala sintomática; linguagem; estruturação subjetiva