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A agressividade infantil no DSM: os diagnósticos e os seus efeitos subjetivos1 1 Esta pesquisa faz parte da tese em andamento intitulada “Os impasses da agressividade na infância: dos discursos sobre a criança ao desejo parental”, financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. Ela foi realizada e defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e ao Centre de Recherches en Psychanalyse, Médecine Société da Université de Paris Cité.

Child aggressiveness in the DSM: the diagnoses and their subjective effect

L’agressivité infantile dans le DSM: les diagnostics et leurs effets subjectifs

Agresividad infantil en el DSM: diagnósticos y sus efectos subjetivos

Neste artigo analisamos a forma pela qual a “agressividade infantil” foi incluída nos sistemas de classificação do DSM ao longo de suas sucessivas edições. Primeiramente, identificamos as transformações significativas no uso desse signo clínico. Em seguida discutimos as consequências clínicas e políticas dessas transformações, tanto na formulação de uma psicopatologia própria à infância quanto na definição social dos quadros de normalidade e de desvio em relação à conduta. Observamos, por fim, que a pretensa regulação da infância pela produção de discursos normativos a respeito da agressividade foi acompanhada pelo incremento das vias agressivas como forma privilegiada de expressão do mal-estar e de subjetivação do sofrimento. Nossa hipótese é que tal produção é reforçada pelas exigências neoliberais de performance, ignorando assim as demandas sociais e subjetivas de reconhecimento.

Palavras-chave
Agressividade; criança; DSM; sofrimento


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