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Preocupação e medo como preditores de fatalismo por COVID-19 no cotidiano de trabalho dos enfermeiros

Resumo

Objetivo:

analisar a relação entre a preocupação e o medo da COVID-19 com o fatalismo no cotidiano de trabalho dos enfermeiros.

Método:

estudo transversal analítico, realizado com 449 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumentos validados no Peru. Na análise, foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk e o coeficiente de correlação de Spearman, sendo estimados dois modelos de regressão múltipla, com seleção de variáveis por etapas.

Resultados:

os enfermeiros apresentaram nível moderado de fatalismo e baixo nível de medo e preocupação com a COVID-19. O primeiro modelo estatístico, que incluiu variáveis sociodemográficas, explica apenas 3% da variância de fatalismo. No entanto, um segundo modelo que inclui medo e percepção explica 33%.

Conclusão:

a preocupação, o medo e ter sido diagnosticado com COVID-19 foram fatores preditores de fatalismo. Sugere-se a implementação de intervenções psicoemocionais no cotidiano de trabalho, voltadas para profissionais de Enfermagem que apresentem altos níveis de medo ou preocupação, para reduzir o fatalismo e, assim, prevenir consequências fatais da pandemia e promover a saúde.

Descritores:
Medo; Infecções por Coronavirus; Enfermeiras e Enfermeiros; Saúde Mental; Evolução Fatal; Atividades Cotidianas

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