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Fatores associados à contaminação e internação hospitalar por COVID-19 em profissionais de enfermagem: estudo transversal

Resumo

Objetivo:

identificar fatores associados à contaminação e internação hospitalar por COVID-19 em profissionais de enfermagem.

Método:

estudo transversal, realizado em hospital especializado em cardiologia, com 415 profissionais de enfermagem. Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas, comorbidades, condições de trabalho e questões relacionadas ao adoecimento pela COVID-19. Na análise dos dados, utilizaram-se os testes Qui-Quadrado, Fisher, Wilcoxon, Mann-Whitney e Brunner Munzel, a razão de chances para internação hospitalar, além de regressão logística binária.

Resultados:

a taxa de profissionais de enfermagem acometidos pela COVID-19 foi de 44,3% e os fatores associados à contaminação foram o número de pessoas no mesmo domicílio com COVID-19 (OR 36,18; p<0,001) e o uso de transporte público (OR 2,70; p=0,044). Ter sintomas graves (OR 29,75), pertencer ao grupo de risco (OR 3,00), apresentar taquipneia (OR 6,48), falta de ar (OR 5,83), cansaço (OR 4,64), febre (OR 4,41) e/ou mialgia (OR 3,00) aumentou as chances de internação hospitalar dos profissionais com COVID-19.

Conclusão:

habitar o mesmo domicílio que outras pessoas com a doença e usar transporte público aumentou o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Os fatores associados à internação hospitalar dos profissionais contaminados foram a presença de fatores de risco para doença, a gravidade e o tipo dos sintomas apresentados.

Descritores:
Enfermagem; Infecções por Coronavírus; Profissionais de Enfermagem; Hospitalização; Saúde do Trabalhador; Vigilância em Saúde do Trabalhador

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