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Três anos de estudo soroepidemiológico do vírus varicela-zoster em São Paulo, Brasil

Um estudo sorológico para varicela foi realizado em crianças matriculadas na rede pública de ensino da cidade de São Paulo, Brasil, entre 1992 e 1994. O objetivo deste estudo foi determinar a soroprevalência idade-dependente de anticorpos contra o vírus varicela-zoster (VVZ) e definir sua dinâmica de transmissão nestas crianças. Foram selecionadas, ao acaso, 304 escolas entre os 2500 equipamentos da Rede Pública de Educação e Bem Estar Social na cidade de São Paulo; foram sorteadas em cada escola 7 crianças de determinada idade (de 1 a 15 anos), e o sangue colhido em papel de filtro. Os eluatos foram avaliados para anticorpos contra o vírus varicela zoster através de técnica de ELISA. A proporção de soropositivos para cada faixa etária foi calculada. Foram obtidas 1768 amostras em 1992, 1758 em 1993 e 1817 em 1994, resultando em 5343 eluatos. Observou-se alta proporção de soropositivos no intervalo etário de 1 a 3 anos de idade, ascendendo até os 10 anos, mantendo-se ao redor de 90% a partir desta idade. O padrão de transmissão do VVZ nesta comunidade é semelhante ao longo dos 3 anos estudados. Nas crianças frequentadoras das escolas públicas da cidade de São Paulo, o contacto com o VVZ ocorre no início da infância. Considerando-se a possibilidade de introdução da imunização contra a varicela, ela deve ocorrer o mais cedo possível.


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