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Adaptação do método imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos anti-rábicos em soros humanos vacinados com vacina de cultura celular ou vacina produzida em cérebro de camundongo

O método imunoenzimático (ELISA) foi adaptado para quantificar anticorpos anti-rábicos em soros de pessoas previamente imunizadas. Foi utilizado como antígeno, partículas virais purificadas inativadas, e como conjugado, Proteína A conjugada à peroxidase. Foram testados soros de pessoas vacinadas com vacina de cultura celular ou com vacina produzida em cérebro de camundongo. Os resultados foram comparados a aqueles obtidos pela prova de soroneutralização em cultura celular. A média e o desvio padrão foram calculados para 126 soros negativos e para 73 soros de pessoas vacinadas mas com título menor que 0,5 UI/ml. Foi proposta a adoção de uma região de dúvida, levando a uma diminuição de resultados falso positivos. A sensibilidade, especificidade e concordância do teste foram respectivamente : 87,5%, 92,4% e 88,5%. Não foram observadas diferenças significativas quando comparados os resultados dos indivíduos vacinados com uma ou outra vacina utilizada. Grande parte dos resultados discordantes no ELISA e soroneutralização ocorreram em soros coletados após a primeira dose de vacina, e se deveu provavelmente a presença de IgM nas amostras, detectados somente pela soroneutralização. O ELISA pode ser utilizado como um teste independentemente da vacina que foi empregada.


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