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Caracterização de genótipos P de rotavírus circulantes entre pacientes pediátricos hospitalizados no norte do Brasil

De novembro de 1992 a agosto de 1993, 28 amostras fecais positivas para rotavírus, obtidas de pacientes pediátricos hospitalizados em Belém, Brasil, com idades inferiores a 4 anos, foram testadas por RT-PCR visando à determinação dos genótipos P. Com exceção de 7 crianças não diarréicas, todos os pacientes apresentavam diarréia à admissão ou a desenvolviam enquanto internados no hospital. Cepas de rotavírus com especificidades antigênicas P correspondentes aos genótipos P1B[4] e P1A[8] (ambos pertencentes ao tipo G2) predominaram, representando 78,6% das amostras. Enquanto apenas uma cepa classificada como P2A[6] - com dupla especifidade antigênica (1 e 4) para o tipo G - foi detectada, não se identificou o genótipo P em 4 (14,3%) das cepas sob exame. A maioria (81%) dos espécimes fecais foi obtida de crianças com até 18 meses de vida. As cepas de rotavírus com genótipo único P1B[4] foram identificadas em crianças diarréicas (quer as infecções de origem nosocomial, 28,6%, quer as oriundas da comunidade, 28,6%), assim como entre as assintomáticas (42,8%). O genótipo P1A[8], por outro lado, foi detectado somente entre pacientes com diarréia, com frequências de 57,1% e 42,9% entre os casos classificados como nosocomiais e de origem comunitária, respectivamente. Infecção mista envolvendo os genótipos P1A[8] e P1B[4] se caracterizou em apenas uma situação de infecção sintomática (gastroenterite) contraida na comunidade.


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