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Fatores preditivos para resposta da Lamivudine na hepatite crônica B

INTRODUÇÃO: A Lamivudina tem-se mostrado útil no tratamento da hepatite crônica pelo vírus B (HC-VHB). OBJETIVO: Investigar os fatores preditivos da resposta à Lamivudina na HC-VHB. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo com Lamivudina em 35 pacientes com HC-VHB e evidência de multiplicação viral, independentemente do resultado do AgHBe. Administrou-se a Lamivudina na dose diária de 300 mg por 12 meses, seguida de 150 mg diários. Critério de resposta: DNA-VHB negativo (por técnica de PCR) aos 6 meses de tratamento. Nos pacientes não respondedores, pesquisaram-se mutações associadas com resistência à Lamivudina, através do sequenciamento do DNA viral. RESULTADOS: Observou-se resposta em 23/35 pacientes (65,7%). Dos 15 pacientes com AgHBe positivo antes do tratamento, apenas 5 (33,3%) responderam. As variáveis prévias ao tratamento que puderam prever uma má resposta foram: AgHBe positivo (p = 0,006), carga viral elevada (> 3 x 10(6) genomas/ml) (p = 0,004) e AgHBc no tecido positivo (p = 0,0028). Mutações na região YMDD foram detectadas em 7/11 pacientes não respondedores. CONCLUSÕES: Pacientes com AgHBe positivo e com alta carga viral apresentam um alto risco de desenvolver resistência à Lamivudina. Por outro lado, pacientes com AgHBe negativo, mesmo com alta carga viral, mostraram uma boa resposta à Lamivudina.


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