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Presença de formas amastigotas de Leishmania em fluido peritoneal de cão com leishmaniose proveniente de Alagoas, nordeste do Brasil

O objetivo desta comunicação é descrever a presença incomum de formas amastigotas de Leishmania em fluido peritoneal de um cão com leishmaniose proveniente do Estado de Alagoas, nordeste do Brasil. O exame físico de um cão macho adulto da raça rottweiler, apresentando suspeita de leishmaniose, revelou perda de peso severa, esplenomegalia, linfonodos moderadamente aumentados, ascite, onicogrifose, alopecia generalizada, conjuntivite e presença de lesões cutâneas ulceradas localizadas nos membros posteriores. Foram coletadas amostras de medula óssea, linfonodo poplíteo, fluido peritoneal e úlcera cutânea. A partir das amostras, foram elaborados esfregaços, os quais foram corados pela hematoxilina e eosina. Inúmeras formas amastigotas foram detectadas na medula óssea, linfonodo poplíteo e úlcera cutânea. Esfregaços de fluido peritoneal revelaram a presença, não usual, de várias formas amastigotas livres e intracelulares. Futuros estudos serão necessários a fim de determinar se a citologia de líquido ascítico representa uma ferramenta útil para o diagnóstico da infecção por Leishmania em cães com ascite, particularmente naqueles que vivem em áreas onde a leishmaniose canina é enzoótica.


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