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Monitoramento de doadores e receptores provenientes de áreas endêmicas para malária em transplante de células-tronco hematopoiéticas

A malária é complicação incomum após o transplante de células-tronco hematopoiéticas em países endêmicos. No entanto, candidatos a transplantes, receptores e doadores que vivem em regiões endêmicas frequentemente relatam episódios anteriores de malária. Este fato pode representar um risco importante para receptores imunossuprimidos, que podem desenvolver casos de malária grave. Relatamos um caso de transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) em que o doador teve história de malária anterior e um monitoramento por meio de exames parasitológicos e moleculares foi realizado antes e após o procedimento. O doador apresentou Plasmodium vivax na gota espessa um mês após o transplante e foi tratado de acordo com as orientações do Ministério da Saúde brasileiro. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi capaz de detectar a infecção por malária no doador uma semana mais cedo do que a gota espessa. Mesmo sem resultados positivos, o receptor foi preventivamente tratado com cloroquina, a fim de prevenir as formas sanguíneas assexuadas. Destacamos a importância do monitoramento de receptores e doadores em procedimentos de transplante, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão da malária.


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