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Cepas do Trypanosoma cruzi: comportamento após passagem em triatomíneos autóctones ou não autóctones (padrões Biológicos e Bioquímicos)

Foi estudada a influência da passagem de cepas do T. cruzi de São Felipe - BA (19 SF, 21 SF e 22 SF), Tipo II, Zimodema 2, no vetor autóctone (P. megistus) e em vetores não autóctones (T. infestans e R. prolixus). Para cada cepa, camundongos suíços de 10 a 12 g foram inoculados com I - formas sanguícolas (controles); II - metacíclicos do P. megistus; III - metacíclicos de T. infestans; IV - metacíclicos do R. prolixus. O inóculo para cada grupo foi de 10(4) tripomastigotas. A obtenção dos metacíclicos foi feita 60 a 120 dias após infecção dos triatomíneos. O estudo morfobiológico em camundongos (parasitemia, morfologia, mortalidade, virulência e patogenicidade) foi realizado após as passagens cíclicas e comparado ao dos controles. Foi feita a análise isoenzimática de todos os grupos experimentais para as enzimas ALAT, ASAT, PGM e GPI, após isolamento dos parasitos do sangue periférico dos camundongos e cultivo em meio de Warren. As três cepas mantiveram o padrão do tipo II; entretanto, a passagem das cepas por P. megistus e T. infestans determinou um aumento de virulência da cepa 22 SF traduzida por índices mais elevados de mortalidade e de parasitemia; houve maior proliferação parasitária com predominância de formas delgadas no sangue periférico nos animais infectados com as cepas 19 SF e 21 SF provenientes das duas espécies de triatomíneos. Os resultados indicam que as passagens por P. megistus e T. infestans tiveram uma influência positiva na virulência das cepas de T. cruzi de São Felipe - BA, independente de ser o vetor autóctone (P. megistus) ou não autóctone (T. infestans).


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