O objetivo deste estudo foi investigar a presença do vírus da hepatite G e sua associação com variáveis sóciodemográficas em uma população de doadores de sangue da cidade de São Paulo, Brasil. Dois sistemas de PCR foram empregados, um focando a região 5' não-codificadora e outro a região não-estrutural 3, apresentando o primeiro maior sensibilidade. A prevalência detectada do HGV-RNA em 545 doadores foi de 9,7% (IC 95% 7,4;12,5). A prevalência do HGV-RNA foi significativamente maior em doadores da raça negra/mulata (26,5%) quando comparados aos doadores caucasianos (7,5%), (OR = 4,5). Também foi observada uma tendência de maiores prevalências em doadores de menor escolaridade. Não se observou associação significativa com outros parâmetros estudados como idade, sexo, origem geográfica e local de residência. O sequenciamento do DNA de nove isolados selecionados ao acaso demonstrou a presença dos genótipos 1, 2 e 3, mas não houve um agrupamento das amostras brasileiras quando submetidas à análise filogenética
