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UM JACOBEU EM PERNAMBUCO? O CASO DO PE. BERNARDO DA SILVA DO AMARAL (C.1772-C.1776)1 1 Artigo não publicado em plataforma preprint. Todas as fontes e a bibliografia utilizadas são referenciadas no artigo que foi produzido após uma série de atualizações, revisões e algumas correções do quinto capítulo de minha tese de doutoramento, defendida no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), intitulada A Jacobeia entre significados e representações: reformas religiosas e embates faccionais na monarquia portuguesa (C. 1720 – C. 1769).

A JACOBEAN IN PERNAMBUCO? THE CASE OF PRIEST BERNARDO DA SILVA DO AMARAL (1772-1776)

Resumo

O presente artigo propõe analisar a trajetória do Pe. Bernardo da Silva do Amaral, confessor e diretor espiritual na capitania de Pernambuco, durante a segunda metade do século XVIII. Pe. Bernardo costumava afirmar às suas dirigidas que “dar ósculos abraços, e ter tratos desonestos, não era pecado”, antes “servia para maior união dos espíritos, e serviço de Deus”. Preso pelo vigário geral do Bispado de Pernambuco, teve sua acusação “fundada na mais refinada Jacobeia”. Encaminhado à Inquisição, em Lisboa, foi condenado por cometer crimes de solicitação e molinosismo. Diante disso, examinaremos o motivo da divergência entre a acusação realizada pelo juízo eclesiástico de Pernambuco e a condenação aplicada pelo Tribunal do Santo Ofício de Lisboa; e buscaremos demonstrar que a guerra à Jacobeia, promovida pelo pombalismo, pode ter inspirado o vigário geral de Pernambuco a classificar os desvios do Pe. Bernardo como “jacobices”.

Palavras-chave
Direção espiritual; Jacobeia; Molinosismo; Inquisição; Bispado de Per nambuco

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