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“LIVRES DE COR” NA MARTINICA: QUESTÕES SOBRE RAÇA E GÊNERO NO CARIBE FRANCÊS (SÉCULOS XVIII-XIX)1 1 Todas as obras e todos os documentos utilizados na pesquisa e na elaboração do artigo são citados nas notas e na bibliografia. O artigo não foi publicado em plataforma de preprint.

“FREE PEOPLE OF COLOR” IN MARTINIQUE: ISSUES ABOUT RACE AND GENDER IN THE FRENCH CARIBBEAN (18TH-19TH CENTURIES)

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as barreiras raciais e discriminatórias impostas aos africanos e afrodescendentes libertos e livres, ao longo do século XVIII no Caribe Francês, a partir de fontes documentais e da historiografia que investiga as experiências dos “livres de cor”, principalmente na Martinica. Ao que tudo indica, a “racialização” da escravidão induziu o recrudescimento das hierarquias raciais, sobre as quais foram erigidas as colônias americanas, e o desenvolvimento do preconceito de cor, que se estabeleceu tanto nas possessões francesas como na metrópole no século XVIII. Ademais, esta análise visa demonstrar como esse processo fomentou a construção de uma imagem “racializada” e depreciativa em relação às mulheres negras do Caribe Francês, sobretudo a partir do discurso frequente acerca da vinculação entre alforria e mestiçagem.

Palavras-chave:
Livres de Cor; Caribe Francês; Raça; Gênero; Preconceito de Cor

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