Resumo
Ao longo das décadas de 1960 e 1970 pôde ser vista em escala mundial a eclosão de movimentos de contestação, oriundos de uma juventude engajada, cuja circulação de referências, atores e repertórios foi reinterpretada de acordo com as diferentes conjunturas nacionais, abrindo, dessa maneira, diferentes possibilidades de atuação para os movimentos estudantis, a saber, dentre outras: as guerras revolucionárias de libertação nacional; a rejeição da política tradicional; a defesa das universidades; a inclusão dos valores da contracultura e a emergência de novos movimentos sociais. A partir da produção historiográfica sobre o tema e utilizando documentos de naturezas diversas, o artigo reflete sobre a periodização da "época 68" do movimento estudantil brasileiro, analisando-a a partir de seu acontecimento, que possibilitou a ampliação do repertório de contestação contra a ditadura militar, mostrando como essas diferentes influências aparecem no caso brasileiro através das suas rupturas e continuidades.
Palavras-chave
Época 1968; movimento estudantil; acontecimento; repertório; ditadura militar