Resumo
Estes escritos priorizam a análise das epidemias que atingiram Santos entre 1880-1900 num contexto de intensas transformações desta cidade-porto e da difusão das epidemias (febre amarela, varíola, peste bubônica, entre outras) cuja intensidade gerou a alcunha de “porto maldito”. Nesse contexto, discute-se as sensibilidades emergentes diante das vivências cotidianas dos surtos epidêmicos, tais como o medo — aqui observado como sentimento multifacetado, que durante a vigência das epidemias se tornou onipresente atingindo a todos pelo espectro da contaminação e da morte. A investigação encontra-se sedimentada numa ampla e diversificada documentação que inclui manuscritos do Arquivo Público de Santos, relatos de viajantes, imprensa local, nacional e internacional.
Palavras-chave
Epidemias; porto; medo; biopoderes; higienismo