Epidemiologia da má oclusão em crianças e adolescentes: uma revisão crítica

CARVALHO, Fábio Silva de; CARVALHO, Cristiane Alves Paz de; SALES-PERES, Arsenio; BASTOS, José Roberto de Magalhães; SALES-PERES, Sílvia Helena de Carvalho

doi:10.1590/1981-8637201400030000041190

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RGO - Revista Gaúcha de Odontologia

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Sumário

Original • Rev Gaúch. Odontol. 62 (3) • Jul-Sep 2014 • https://doi.org/10.1590/1981-8637201400030000041190 copiar

Epidemiologia da má oclusão em crianças e adolescentes: uma revisão crítica

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

OBJETIVOS:

Identificar os instrumentos epidemiológicos que estão sendo utilizados em Saúde Pública e trazer informações a respeito das alterações oclusais mais prevalentes em crianças e em adolescentes por meio de uma revisão da literatura sobre a má oclusão.

MÉTODOS:

Foram recuperadas informações apresentadas em trabalhos anteriores, incluídas em artigos publicados no período 1997-2007, considerando a produção registrada nas seguintes bases de dados bibliográficas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online, Literatura Internacional em Ciências da Saúde e Bibliografia Brasileira de Odontologia.

RESULTADOS:

Do total de 191 referências identificadas, 170 foram eliminadas após a implementação dos critérios de exclusão e 21 artigos atenderam aos critérios de inclusão pré-estabelecidos, servindo, portanto, de base para este trabalho. A utilização de critérios distintos dificultou a comparação entre os estudos, não disponibilizando parâmetros que pudessem nortear as evidências científicas. Conclusão: Os índices epidemiológicos mais adotados foram o Índice de Estética Dental e o Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico, sendo observado predomínio de mordida aberta anterior na dentição decídua e de apinhamento nas dentições mista e permanente.

Epidemiologia; Má oclusão; Odontologia em Saúde Pública

Article	Type of Study	Criteria adopted	Sample composition and selection	Prevalence of malocclusion
Locker et al.⁸	Cross-sectional	DAI, PAR, questionnaire/ perception of treatment	141 adolescents between 11 and 14 years, convenience sample from the dental school clinic	85.0%
Schwertner et al.⁹	Cross-sectional	Angle, examination of occlusal alterations, questionnaire/ oral conditions and habits	358 children between 7 and 11 years of age, random sample	91.3%
Alves et al.¹⁰	Cross-sectional	DAI	97 schoolchildren, aged 12 years, convenience sample	41.2%
Gábris et al.¹¹	Cross-sectional	DAI, questionnaire/occlusal conditions	483 adolescents between 16 and 18 years of age, randomized sample	70.4%
Oliveira et al.¹²	Cross-sectional	Occlusal alterations questionnaire/habits and breastfeeding	44 children between 3 and 5 years, convenience sample from a Health Center	50.0%
Souames et al.¹³	Cross-sectional	IOTN	511 children between 9 and 12 years of age, convenience sample	21.3%
Thomaz & Valença²	Cross-sectional	Dental occlusion exam questionnaire/oral and dietary habits, socioeconomic data	1056 children between 3 and 6 years of age, random and stratified sample	71.4%
Marques et al.¹⁴	Cross-sectional	DAI questionnaire/economic and treatment needs	380 adolescents between 10 and 14 years of age, random sample	62.0%
Frazão et al.¹⁵	Cross-sectional	multiple logistic regression, meta-analysis	985 schoolchildren between 5 and 12 years of age, probabilistic sample	49.0% (primary) 51.3% (permanent)
Cunha et al.⁴	Cross-sectional	DAI and IOTN	120 study models, random sample	70.0%
Iwasa et al.¹⁶	Cross-sectional	DAI	638 schoolchildren, aged 12 years, probabilistic sample	43.4%
Silva Filho et al.⁶	Cross-sectional	Evaluation of posterior crossbite	2016 children between 3 and 6 years of age, random sample	73.3%
Abdullah & Rock¹⁷	Cross-sectional	DAI and IOTN	5112 adolescents between 12 and 13 years of age, randomized sample	48.8%
Pires et al.⁵	Cross-sectional	IOTN, NOTI, DAI	141 children aged 7.9 years (mean) from 2 municipal schools, convenience sample	71.0%
Chi et al.¹⁸	Longitudinal	DAI	150 children aged 10 years and afterwards at 13 years, randomized sample	80.0%
Jonhson et al.¹⁹	Cross-sectional	DAI and IOTN	309 children aged 10.5 years (mean), randomized sample	84.4%
Pereira et al.²⁰	Cross-sectional	Angle, WHO-62, WHO-87, WHO-97, IOTN, MSI	43 schoolchildren between 10 and 17 years of age, convenience sample	100.0%
Tomita et al.³	Cross-sectional	questionnaire/oral habits, socioeconomic data	2139 children between 3 and 5 years of age, sample by conglomerate	54.1%
Alves et al.²¹	Cross-sectional	Occlusal alterations questionnaire/oral habits	105 children between 6 and 13 years of age, convenience sample	74.2%
Otuyemi et al.²²	Cross-sectional	DAI	703 adolescents between 12 and 18 years of age, randomized sample	32.6%
Tomita et al.²³	Cross-sectional	Angle and occlusal alterations	2139 children between 3 and 5 years of age, sample by conglomerate	54.1%

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[1] Correspondência para / Correspondence to: SHC PERES-SALES. E-mail: < shcperes@usp.br>.