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Barreira individual de biossegurança odontológica: uma alternativa em tempos de covid-19. Estudo preliminar

RESUMO

A retomada às atividades odontológicas em tempos de pandemia tem sido um desafio devido à geração e dispersão de gotículas e aerossóis que podem conter o vírus SARS-CoV-2, agente etiológico da covid-19. Nos últimos meses algumas estratégias de contenção de gotículas e aerossóis tem circulado pela internet, mas a eficácia destas barreiras ainda não apresenta um bom nível de evidência na Literatura. Desta forma, e utilizando um modelo de dispersão microbiana, o objetivo deste estudo preliminar foi comparar a dispersão da alta rotação (AR) sem ou associada a uma barreira individual de biossegurança odontológica (AR / BIBO) que consiste em um bastidor acoplado ao filme de PVC e TNT. A turbina da alta rotação foi ativada durante um minuto em uma solução de Lactobacillus casei Shirota, a qual havia sido previamente acrescentada no reservatório de refrigeração de um equipamento odontológico, e placas de petri contendo ágar MRS foram posicionadas a partir do apoio de cabeça de uma cadeira odontológica nas distâncias de 50, 100 e 150 cm em diferentes ângulos (90 e 0 graus). Na distância de 50 cm, a média (desvio padrão) de L. casei Shirota para AR foi de 13.554,59 (493,48) UFC, enquanto a associação AR/BIBO foi de 570,67 (60,54) UFC, estabelecendo uma redução de 96% (p<0,0001). Considerando estes resultados preliminares e o modelo de estudo utilizado, a barreira individual de biossegurança odontológica se mostrou eficiente em reduzir a dispersão da turbina de alta rotação, o que sugere que o seu uso pode ser uma alternativa para a melhoria da biossegurança em ambiente odontológico.

Termos de indexação
Infecções por Coronavirus; Contenção de riscos biológicos; Odontologia; Betacoronavirus

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