Implantação do protocolo de termorregulação para recém-nascido em procedimentos cirúrgicos

Martins, Lucas Amaral; Silveira, Suely Pedreira Xavier da; Avila, Irene Maria Fraga Teixeira; Moraes, Jéssica Alves Sacramento de; Santos, Denise Santana Silva dos; Whitaker, Maria Carolina Ortiz; Camargo, Climene Laura de

doi:10.1590/1983-1447.2019.20180218

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Revista Gaúcha de Enfermagem

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Sumário

Relato de Experiência • Rev. Gaúcha Enferm. 40 (spe) • 2019 • https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180218 copiar

Implantação do protocolo de termorregulação para recém-nascido em procedimentos cirúrgicos

Implantación del protocolo de termorregulación para recién nacido en procedimientos quirúrgicos

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Resumo

OBJETIVO

Descrever a implantação do protocolo de termorregulação para procedimentos cirúrgicos em recém-nascido (RN).

MÉTODOS

Relato de experiência, realizado em uma unidade neonatal em Salvador-BA, no período de janeiro de 2016 a janeiro 2017. O ciclo Plan, Do, Check, Action norteou a construção, a implantação e a aplicabilidade do protocolo.

RESULTADOS

Implantação do protocolo que possibilitou a redução de eventos adversos por instabilidade térmica durante procedimentos cirúrgicos e introdução de novas tecnologias.

CONCLUSÃO

O protocolo possibilitou a melhoria e o fortalecimento das práticas assistenciais relacionadas com a cirurgia segura em RN.

Palavras-chave:
Segurança do paciente; Recém-nascido; Regulação da temperatura corporal; Enfermagem

Ações	Recomendações/ Rotinas
Garantir a temperatura ambiente da UTIN ou sala operatória entre 23-26ºC.	Controlar temperatura com termômetro ambiente no período matutino, vespertino e noturno, além de conferi-la uma hora antes do procedimento.
Manter RN com sensor de temperatura aderido à pele para monitorização.	Antes do procedimento cirúrgico, manter sensor aderido a pele na região do hipocôndrio direito e monitorar curva térmica.
Manter RN envolvido em cueiros previamente aquecidos ao retirá-lo da incubadora ou berço aquecido para transporte.	Transportar em incubadora previamente aquecida com temperatura entre 30-36ºC e posteriormente ajustada conforme necessidade do RN.
Iniciar procedimento cirúrgico somente quando o RN apresentar estado de normotermia.	Verificar temperatura antes do procedimento cirúrgico garantindo normotermia (temperatura de 36,5-37,4ºC).
Inserir termômetro esofágico antes do procedimento cirúrgico para monitoração de temperatura.	Monitorar curva térmica a cada intervalo de 30 minutos até termino da cirurgia.
Utilizar manta térmica durante procedimentos cirúrgicos de grande porte.	Monitorar temperatura da manta térmica conforme necessidades do RN.
Administrar soluções e hemoderivados em temperatura adequada de 36,5º a 37ºC.	Verificar temperatura de soluções e hemoderivados com termômetro infravermelho.
Monitorar a temperatura do RN na UTIN após retorno do pós-operatório, com termômetro digital.	-Seguir com monitoração multiparamétrica em intervalos de 01 hora nas primeiras 06 horas de pós-operatório; - A cada 02 horas nas primeiras 12 horas de pós-operatório; - A cada 03 horas após as primeiras 12h de pós-operatório.
Monitorar temperatura do RN em intervalos de 15 minutos nas situações que esse apresentar quadro de hiper ou hipotermia.	- Em episódios de hipotermia, ajustar parâmetro de incubadora ou berço aquecido, aumentando 0,5ºC a cada 60 minutos. - Em episódios de hipertermia ajustar parâmetro de incubadora ou berço aquecido, reduzindo 0,5ºC a cada 60 minutos e avaliar as necessidades de administrar antitérmicos.

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[1] Autor correspondente:
Lucas Amaral Martins. lucasmartins31@hotmail.com