Lista de verificação de segurança cirúrgica: benefícios, facilitadores e barreiras na perspectiva da enfermagem

Tostes, Maria Fernanda do Prado; Galvão, Cristina Maria

doi:10.1590/1983-1447.2019.20180180

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Revista Gaúcha de Enfermagem

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Sumário

Artigo Original • Rev. Gaúcha Enferm. 40 (spe) • 2019 • https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180180 copiar

Lista de verificação de segurança cirúrgica: benefícios, facilitadores e barreiras na perspectiva da enfermagem

Lista de verificación de seguridad quirúrgica: beneficios, facilitadores y barreras en la perspectiva de la enfermería

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

OBJETIVO

Identificar os benefícios, facilitadores e barreiras na implementação da lista de verificação de segurança cirúrgica, segundo o relato de enfermeiros que atuavam no centro cirúrgico de hospitais.

MÉTODO

Estudo transversal, com 91 enfermeiros em 25 hospitais de dois municípios do Paraná. Na coleta dos dados, entre 2015 e 2016, utilizou-se dois instrumentos estruturados. Para a análise, utilizou-se o teste exato de Fisher ou Qui-Quadrado.

RESULTADOS

A implementação do checklist acarretou benefícios para o paciente, equipe cirúrgica e hospitais. Sobre os facilitadores, os resultados apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos nos itens oferta de educação (p=0,006) e aceitação pelos cirurgiões (p=0,029). E, nas barreiras, para a falta de apoio administrativo (p=0,006) e chefias (p=0,041), ausência do núcleo de segurança do paciente (p=0,005), lista introduzida abruptamente (p=0,001) e ausência de educação (p<0,001).

CONCLUSÃO

As evidências geradas possibilitaram identificar os benefícios, facilitadores e barreiras na implementação do checklist no contexto nacional.

Palavras-chave:
Enfermagem perioperatória; Lista de checagem; Segurança do paciente

Variáveis	Grupo 1		Grupo 2		P
Variáveis	N=77	%	N=14	%	N=77
Benefícios para o paciente
Promoção da segurança					0,493^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	74	96,1	13	92,9
Não	03	3,9	01	7,1
Incremento da confiança do paciente na assistência					1,000^* ** Teste Qui-quadrado;
Sim	50	64,9	9	64,3
Não	27	35,1	05	35,7
Redução da ansiedade e medo em relação à cirurgia					0,567^ Teste Qui-quadrado;
Sim	29	37,7	07	50,0
Não	48	62,3	07	50,0
Prevenção de eventos adversos					0,683^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	66	85,7	13	92,9
Não	11	14,3	01	7,1
Benefícios para a equipe cirúrgica
Melhoria da comunicação					0,726^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	59	76,6	12	85,7
Não	18	23,4	02	14,3
Oportunidade de diálogo com socialização de informações relevantes					1,000^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	64	83,1	12	85,7
Não	13	16,9	02	14,3
Melhoria do trabalho em equipe					1,000^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	59	76,6	11	78,6
Não	18	23,4	03	21,4
Benefícios para o centro cirúrgico e/ou hospital
Melhoria da qualidade do cuidado					0,292^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	72	93,5	12	85,7
Não	05	6,5	02	14,3
Incremento da eficiência na sala cirúrgica					0,543^* * Teste Exato de Fisher;
Sim	53	68,8	11	78,6
Não	24	31,2	03	21,4
Melhoria da cultura de segurança no centro cirúrgico					0,334^ Teste Qui-quadrado;
Sim	57	74,0	08	57,1
Não	20	26,0	06	42,9
Redução de custos hospitalares pela prevenção de eventos adversos					1,000^ Teste Qui-quadrado;
Sim	49	63,6	09	64,3
Não	28	36,4	05	35,7
Redução de custos hospitalares devido otimização da eficiência em sala cirúrgica					1,000^ Teste Qui-quadrado;
Sim	35	45,5	06	42,9
Não	42	54,5	08	57,1
Os benefícios adquiridos superaram as dificuldades para implementar a LVSC^* ***** LVSC=Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica					0,909^ Teste Qui-quadrado;
Sim	45	58,4	09	64,3
Não	32	41,6	05	35,7

Variáveis	Grupo 1		Grupo 2		P
Variáveis	N=77	%	N=14	%	P
Organizacionais
Apoio da administração					0,871^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	28	36,4	06	42,9
Não	49	63,6	08	57,1
Apoio das chefias de cirurgia, anestesia e enfermagem					1,000^ Teste Exato de Fisher;
Sim	54	70,1	10	71,4
Não	23	29,9	04	28,6
Hospital possuir núcleo de segurança do paciente					0,378^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	31	40,3	08	57,1
Não	46	59,7	06	42,9
Processo de implementação
Participação da equipe cirúrgica na etapa de planejamento					0,094^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	23	29,9	08	57,1
Não	54	70,1	06	42,9
Oferta de programa educacional					0,006^ Teste Exato de Fisher;
Sim	28	36,4	11	78,6
Não	49	63,6	03	21,4
Realização de teste piloto					0,169*
Sim	31	40,3	09	64,3
Não	46	59,7	05	35,7
Introdução gradual da LVSC ^* ***** LVSC=Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica					0,189^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	17	22,1	06	42,9
Não	60	77,9	08	57,1
Envolvimento dos pacientes para introduzir a LVSC					0,706^ Teste Exato de Fisher;
Sim	13	16,9	03	21,4
Não	64	83,1	11	78,6
Monitoramento do uso da LVSC					0,545^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	43	55,8	06	42,9
Não	34	44,2	08	57,1
Equipe cirúrgica
Liderança presente no centro cirúrgico para estimular o uso da LVSC					0,154^ Teste Exato de Fisher;
Sim	38	49,4	10	71,4
Não	39	50,6	04	28,6
Aceitação pela enfermagem					0,119^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	66	85,7	09	64,3
Não	11	14,3	05	35,7
Aceitação pelos cirurgiões					*0,029^ * Teste Qui-quadrado;**
Sim	23	29,9	09	64,3
Não	54	70,1	05	35,7
Aceitação pelos anestesistas					0,234^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	33	42,9	09	64,3
Não	44	57,1	05	35,7

Variáveis	Grupo 1		Grupo 2		P
Variáveis	N=77	%	N=14	%	P
Organizacionais
Falta de apoio da administração					*0,006^ * Teste Qui-quadrado;**
Sim	11	14,3	07	50,0
Não	66	85,7	07	50,0
Falta de apoio das chefias de cirurgia, anestesia e enfermagem					0,041^ Teste Exato de Fisher;
Sim	31	40,3	10	71,4
Não	46	59,7	04	28,6
Ausência do núcleo de segurança do paciente					*0,005^ * Teste Qui-quadrado;**
Sim	14	18,2	08	57,1
Não	63	81,8	06	42,9
Processo de implementação
Imposição de uso da LVSC^* ***** LVSC=Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica pela chefia					0,288^ Teste Exato de Fisher;
Sim	13	16,9	04	28,6
Não	64	83,1	10	71,4
Introdução abrupta da LVSC em sala cirúrgica, sem planejamento					*0,001^ * Teste Qui-quadrado;**
Sim	08	10,4	07	50,0
Não	69	89,6	07	50,0
Ausência de programa educativo					<0,001^ Teste Exato de Fisher;
Sim	11	14,3	11	78,6
Não	66	85,7	03	21,4
Ausência de teste piloto					0,160^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	12	15,6	05	35,7
Não	65	84,4	09	64,3
Ausência de monitoramento da prática de uso					0,243^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	28	36,4	08	57,1
Não	49	63,6	06	42,9
Equipe cirúrgica
Ausência de liderança no centro cirúrgico					0,387^ Teste Exato de Fisher;
Sim	09	11,7	03	21,4
Não	66	88,3	11	78,6
Dificuldade de comunicação e trabalho em equipe					0,064*
Sim	17	22,1	07	50,0
Não	60	77,9	07	50,0
Hierarquia entre profissionais					0,135^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	20	26,0	07	50,0
Não	57	74,0	07	50,0
Resistência de cirurgiões					0,148^ Teste Exato de Fisher;
Sim	37	48,1	10	71,4
Não	50	51,9	04	28,6
Resistência de anestesistas					0,594^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	19	24,7	05	35,7
Não	56	75,3	09	64,3
Resistência de enfermeiros					0,648^ Teste Exato de Fisher;
Sim	08	10,4	02	14,3
Não	69	89,6	12	85,7
Resistência de técnicos de enfermagem					1,00^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	26	33,8	05	35,7
Não	51	66,2	09	64,3
Descrença sobre benefícios da LVSC por membros da equipe					1,00^* * Teste Qui-quadrado;
Sim	40	51,9	07	50,0
Não	37	48,1	07	50,0

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